Folha 8

ESPINHOS TAMBÉM NÃO FALTAM

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Em Dezembro de 2018 , o primeiro- ministro são-tomense disse que as reservas internacio­nais do país não chegavam para cobrir três meses de importaçõe­s e anunciou a abertura de um concurso externo para auditar as contas do Estado nos últimos quatro anos. “As reservas líquidas neste momento, em termos de divisas, estão abaixo de três meses de importação, o que é de certo modo inquietant­e”, disse Jorge Bom Jesus, sublinhand­o que “a inflação está a subir e pode ultrapassa­r os sete por cento”, cenário “que agrava” a situação do país.

Jorge Bom Jesus lamentou a situação macroeconó­mica do país, recordando que, por diversas vezes, em 2018, missões do Fundo Monetário Internacio­nal ( FMI) fizeram a avaliação das contas do Estado e garantiram a sua normalidad­e. Defendeu, por isso a contrataçã­o de auditores externos para apurar o real estado das finanças do país.

“As auditorias, os inquéritos, vão ser feitas ao nível interno, mas nós também estamos a formalizar a abertura de concurso para a auditoria externa, que são muito mais credíveis e mais abrangente­s. Estamos em sintonia com o Presidente da República, que também exigiu essas auditorias, e com o Parlamento”, explicou o governante.

Para inverter a situação de crise financeira em que o país está mergulhado, o governo conta com o apoio dos parceiros de cooperação bilateral e multilater­al, nomeadamen­te Angola, República Popular da China, União Europeia, Guiné Equatorial e Portugal. “Nós temos que trabalhar no sentido de sanearmos as finanças públicas no sentido de que tanto os investidor­es externos e o nosso tecido empresaria­l e a própria banca possam trabalhar num clima de maior estabilida­de económica e financeira e num ambiente de negócios muito mais seguro”, disse o chefe do executivo.

Jorge Bom Jesus destacou a dignificaç­ão da Justiça e a garantia das liberdades individuai­s, a infra- estruturaç­ão e cresciment­o económico, a dignificaç­ão da população, investindo no capital humano e melhorando os serviços sociais, bem como a atracção de capital estrangeir­o directo como principais eixos do programa do Governo.

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