E SE ELE DIZ É POR QUE É BO(R)NITO
O vice- presidente Bornito de Sousa afirmou no passo dia 18 de Junho, em Luanda, que os investimentos feitos por Angola nas telecomunicações vão continuar “fortes” e que já constituem uma “referência” na África subsaariana. Bornito de Sousa discursava na abertura do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação, Angotic Angola 2019, em representação do chefe de Estado, João Lourenço, cuja presença estava prevista, acabando por ser alterada à última hora. Segundo Bornito de Sousa, o Governo angolano tem em curso um vasto programa de modernização no quadro das Tecnologias de Informação e Comunicação ( TIC), investimento que vai permitir, em breve, a chegada do “5G”, após a consolidação do “3G” e do “4G”.
“Vamos continuar a investir na infra- estrutura de banda larga, através da fibra óptica, em Abril a Angola Cables completou o cabo submarino entre Cabo Ledo [ 130 quilómetros a sul de Luanda] e Fortaleza [ Brasil], com ligação a Miami [ Estados Unidos da América], a cobertura de satélite [ a Airbus está a construir o Angosat- 3]. Estamos a melhorar o mundo digital em Angola”, afirmou Bornito de Sousa. A intenção, prosseguiu, é tornar Angola uma “plataforma da modernização tecnológica no continente africano”, à semelhança do que está a ser feito no Ruanda, com as políticas de inclusão tecnológica do Presidente ruandês, Paul Kagamé.
“Estamos a criar parques tecnológicos, a promover a investigação científica, já criamos o SETI, um programa de modernização administrativa destinado a eliminar burocracia, e a massificar o uso da Internet nas escolas e nos espaços públicos”, sublinhou, destacando o polo importante da cibersegurança, que está no centro das preocupações da estratégia do executivo angolano. O vice- presidente de Angola destacou estar em curso também o processo para a atribuição do quarto Título Global Unificado ( TGU), processo que é consequência da anulação do anterior concurso, e a privatização de parte da Angola Telecom, ambos ainda sem prazos definidos.
No dia 22 de Fevereiro de 2017, o Governo do MPLA ( que outro poderia ser?) aprovou, em reunião do Conselho de Ministros, a estratégia do sistema de pagamentos móveis, que permite aos cidadãos realizar essas operações através de um telemóvel. Recordam- se? Em declarações à imprensa no final da reunião, o ministro das Telecomunicações, o “telstariano” José Carvalho da Rocha, disse que o decreto presidencial que aprova o sistema de pagamentos móveis de Angola foi aprovado com o objectivo de se colocar à disposição da população mais um sistema de pagamento assente nas redes de telemóveis. Permitirá a todos os que “são detentores de um telemóvel” fazer “algumas transacções, usando o dinheiro electrónico que há- de vir”.
“Com isto queremos também ajudar a consciencialização da população, ajudar à redução do dinheiro físico e permitir com que nas suas transacções as pessoas cada vez mais usem dinheiro electrónico, tal como cada vez mais já se faz em muitas regiões, em muitos países africanos”, referiu o ministro.