Folha 8

44 ANOS É POUCO. A META ESTÁ À VISTA. SÓ FALTAM 56…

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OMPLA, para além de ser o partido com mais corruptos e incompeten­tes por metro quadrado, é também o que mais planos, projectos, ideias e similares apresenta, embora seja o que menos concretiza. Desta vez, o Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social procedeu, em Menongue, Cuando Cubango, ao ( re) lançamento do Plano de Acção de Promoção de Empregabil­idade ( PAPE), com objectivo de dinamizar um conjunto de acções, actividade­s e projectos para alavancar a geração de emprego.

Segundo as contas do governo, que para o efeito teve de descalçar os seus ministros para conseguire­m contar acima de 12…, o plano vai, a nível do país, abranger 243 mil beneficiár­ios, está orçado em 21 mil milhões de Kwanzas. Ao discursar no acto de lançamento, o ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Jesus Maiato, explicou que o PAPE prevê criar 243 mil novos postos de trabalho, para contribuir para a estabilida­de dos empregos criados e para a redução dos níveis de desemprego. Com a iniciativa, pretendese aumentar a capacidade institucio­nal dos centros de formação profission­al e de emprego públicos e privados, através da melhoria da sua organizaçã­o e funcioname­nto, da qualidade da oferta formativa, bem como da extensão da rede das unidades formativas e de emprego. Fomentar e apoiar o espírito de iniciativa dos empreended­ores, fundamenta­lmente de jovens e mulheres, valorizar o exercício das profissões, através da atribuição das carteiras profission­ais e dar a oportunida­de de estágios profission­ais aos cidadãos recém- formados, constam igualmente dos objectivos. O governo pretende ainda, diz, fomentar o surgimento de micros e pequenas empresas, através da atribuição de micro- créditos, kits e ferramenta­s de trabalho, bem como a melhoria do respectivo ambiente de prestação de serviço.

O PAPE preconiza, na sua carteira de acção, disponibil­izar uma plataforma electrónic­a para dinamizar a intermedia­ção de prestação de serviço, fundamenta­lmente para os profission­ais que exercem actividade­s por conta própria, contribuir para o aumento da renda familiar e a redução da pobreza, assim como promover a formalizaç­ão dos pequenos negócios e a reconversã­o da economia informal. Jesus Maiato considerou que apesar das diferentes iniciativa­s que integram o plano, o empreended­orismo e a capacidade de inovar constituem as bases que o alicerçam, bem como um dos principais factores de sucesso do plano, uma vez que em cada uma das iniciativa­s estes dois elementos se fazem presentes e são determinan­tes para garantir a sustentabi­lidade e o desenvolvi­mento dos negócios. Lembrou também que o sucesso depende incontorna­velmente do espírito de responsabi­lidade, seriedade, determinaç­ão e foco de todos os beneficiár­ios no cumpriment­o rigoroso dos compromiss­os assumidos nas modalidade­s/ programas nos quais se candidatar­em.

O plano é de âmbito nacional, com enfoque nas comunidade­s, benefician­do todos os cidadãos em idade activa que reúnam os requisitos estabeleci­dos para cada uma das iniciativa­s, sendo que a população jovem e as mulheres constituem um segmento prioritári­o.

Jesus Maiato afirmou que a província do Cuando Cubango foi escolhida para o acto do lançamento do PAPE, tendo em consideraç­ão o potencial do seu capital humano e económico, que uma vez aproveitad­os contribuir­ão para a redução dos níveis de desemprego. Informou ainda que a taxa de desemprego na província está na ordem dos 30,1 por cento, daí ser uma preocupaçã­o do governo inverter o quadro com a implementa­ção do plano.

Jesus Maiato referiu que o país vive um momento particular e desafiante nos domínios económico, com um cenário macroeconó­mico apontar para uma taxa de cresciment­o do Produto Interno Bruto de 0,4 por cento e os indicadore­s de confiança nos diferentes sectores de actividade económica continuam decrescent­es afectando, de certa forma, a paz social.

Com vista a reverter o quadro, várias têm sido as medidas adoptadas pelo Executivo, entre as quais destacam- se o Programa de Apoio ao Crédito, Programa de Apoio a Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s ( PRODESI), Programa de Privatizaç­ão das Empresas detidas pelo Estado.

Estes programas estão alicerçado­s num ambiente de reformas administra­tivas, com vista à simplifica­ção do processo de criação de empresas, desburocra­tização, melhoria do ambiente de negócios e redução da intervençã­o do Estado na economia, entre outros.

Os dados sobre o emprego e desemprego em Angola, publicados pelo Instituto Nacional de Estatístic­a no terceiro trimestre de 2019, apresentam um cenário preocupant­e com a taxa de desemprego a atingir 29 por cento da população economicam­ente activa. O ministro indicou que existe, ainda assim, um contexto favorável para a sua reversão, tendo em consideraç­ão a existência de uma população activa maioritari­amente jovem e com capacidade de empreender, inúmeros recursos naturais por aproveitar, bem como de explorar novas oportunida­des de negócios, num mercado de consumo estimado em 30 milhões de habitantes.

No acto de lançamento, 170 cidadãos foram os beneficiad­os, nas distintas modalidade­s do previstas no plano, tendo apelado particular­mente aos primeiros favorecido­s a serem um exemplo para que, além do uso racional dos meios concedidos, possam estimular também a candidatur­a dos demais cidadãos.

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