«AMOR», É O DE JAIR BOLSONARO PELA AMAZÓNIA I

Para explicar ao mundo quão grande é o seu «Amor pela Amazónia» Jair Bolsonaro discursou na última terça-feira de Setembro (24.09) na Assembleia Geral das. Nações Unidas e protagonizou um dos momentos mais constrangedores da história diplomática do Brasil. No seu discurso, conseguiu atacar, ao mesmo tempo, os médicos cubanos, exaltar a ditadura militar no Brasil, atacar lideranças indígenas, como o cacique Raoni, e bajular os Estados Unidos, país para o qual bate continência. Depois de ter rendido homenagem ao golpe militar de 1964 no Brasil, vieram--lhe à boca, no seu discurso, algumas pérolas da esquizofrenia galopante que o apoquenta, atacou Lula, os regimes socialistas de Cuba e da Venezuela, atacou também o cacique Raoni Metuktire, internacionalmente conhecido pela sua luta pela preservação da Amazónia e dos povos indígenas, fazendo lembrar ao mundo que, quem mais fazia queimadas na Amazónia eram os índios, numa tentativa de sacudir o seu capote, que era de vidro e se partiu em estilhaços ao ser assim lançado ao ar. Ficou nu, sem argumentos directamente relacionados com os incêndios amazónicos, incriminados pela dita «Comunidade Internacional». Deu-lhe então para criticar com força os ecologistas (“atrasados” disse ele) e os “países com espírito colonialista”, em referência às críticas de nações europeias (Macron à frente), isto sem se esquecer de fazer uma vénia ao Estado de Israel, “Agradeço Israel pelo apoio nos recentes desastres ocorridos no meu país”, disse ele. Nisto, o jornalista George Marques afirmou que o “discurso de Bolsonaro de cabo a rabo tem viés ideológico”. “Ataca Cuba, Venezuela, o socialismo. Não acrescentou nenhuma palavra de união ou conciliatória, apenas a divisão. Ainda saudou a ditadura e o golpe militar que marcou a história brasileira, envergonhando o Brasil”.

Numa próxima edição, o Folhinha dará a conhecer, ou relembrar a quem já sabe, quais são os verdadeiros comprovativos do verdadeiro «Amor» que Bolsonário tem pela amazónia. Não percam, esperem, está a cair.