CRESCIMENTO NEGATIVO
No que se refere ao crescimento económico, também devido à crise, desde 2016 que Angola tem evidenciado taxas de crescimento negativas, que se repetiram em 2017 e 2018, apontando os dados preliminares deste ano igualmente para uma recessão económica. Situação só passível de ser invertida com a chegada de João Lourenço ao Poder, como é óbvio.
“Mas precisamos de sair desse campo negativo de crescimento económico, porque leva a uma situação que socialmente não é aquela que nós desejamos, porque sem crescimento económico não há criação de empregos, não havendo não há aumento de rendimento das populações e não há o bem- estar que nós todos almejamos que tenhamos em Angola”, disse o ministro, citando um dos grandes gurus do MPLA e da equipa de João Lourenço, Jacques II de Chabanes, mais conhecido por La Palice. No OGE de 2020 o Governo está a prever ( e quando o MPLA prevê a vitória é certa… para eles) uma retoma do crescimento económico, com uma taxa de crescimento de 1,8%, em que o sector não petrolífero terá um crescimento de 1,9%, com especial atenção para os sectores da agricultura, pescas, indústria transformadora, para garantir os recursos necessários para a saída do campo negativo. Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves, destacou o ‘ superavit’ da proposta orçamental para o próximo ano fiscal, “uma almofada para evitar endividamentos futuros”.
“O preço de petróleo de referência são 55 dólares [ 49,50 euros] o barril, uma estratégia conservadora e para nos proteger, caso os movimentos de volatilidade do mercado petrolífero aconteça a nosso desfavor, garantindo assim que a despesa que foi projectada tem maior probabilidade de ser executada”, referiu. De acordo com Vera Daves, neste OGE há uma previsão de maior cuidado na realização de despesas do que no orçamento revisto de 2019 e o mesmo com relação às receitas.
“Há uma grande preocupação ou cuidado em assegurar que se consiga liquidar o máximo do nosso stock da dívida pública, sem descurar o conjunto de outras despesas sociais que temos que levar a cabo”, referiu.
Sobre a taxa de inflação, a titular da pasta das Finanças avançou que a esperada é de 24,6%, muito à conta dos ajustamentos tarifários que estão a ser implementados.
“Mas acreditamos também que, fruto das medidas de melhoria do ambiente económico, o relançamento da participação do sector privado na economia nacional, acreditamos que a médio prazo teremos os fundamentos certos para voltarmos a iniciar uma trajectória de redução da taxa de inflação”, disse. Pela experiência, na terminologia do MPLA médio prazo significa aí mais uns 20 anos. A governante disse que 40,7% é o peso das despesas totais no OGE, excluindo a dívida, o que representa uma melhoria comparativamente ao orçamento de 2019 revisto, em que o peso era de 39,8%.
Pela experiência, na terminologia do MPLA médio prazo significa aí mais uns 20 anos