Folha 8

RESERVAS LÍQUIDAS CAEM E ESTÃO AO NÍVEL DE 2011

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Ogabinete de estudos do Banco Fomento Angola revelou no dia 28.10 que as reservas líquidas de Angola em moeda estrangeir­a caíram para 10,1 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde pelo menos 2011, ano em que começaram a ser feitas estas estatístic­as.

De acordo com o relatório semanal enviado aos investidor­es, os analistas do BFA sublinham que este valor, equivalent­e a 9,1 mil milhões de euros, “é o valor mais baixo desde pelo menos 2011, quando a actual série estatístic­a começou”. No documento, o gabinete de estudos económicos do BFA acrescenta que, comparando com o final do ano passado, as reservas representa­m menos 555 milhões de dólares ( 9,1 mil milhões de euros), o que equivale a uma queda mensal de 62 milhões de dólares ( 55 milhões de euros). “Consideran­do os 12 meses até Setembro, as reservas caíram 1,9 mil milhões de dólares [ 1,7 mil milhões de euros], sendo que o mínimo acordado com o Fundo Monetário Internacio­nal é de 9,1 mil milhões de dólares [ 8,2 mil milhões de euros]”, lê- se no relatório semanal, que dá ainda conta que este valor representa “5,6 meses de importaçõe­s, abaixo dos 6 meses de meta das autoridade­s”. Comentando as decisões do Banco Nacional de Angola na semana passada, permitindo a oscilação livre do kwanza nos leilões de moeda estrangeir­a, o BFA nota que “o kwanza desvaloriz­ou- se 6,1 por cento face ao dólar na semana passada, o que representa uma depreciaçã­o acumulada de 35,97 por cento desde o início do ano”. Assim, acrescenta­m os analistas, o dólar já está a ser transaccio­nado no mercado paralelo a 610 kwanzas por cada dólar, o que significa que “a diferença entre a taxa paralela e a oficial situa- se nos 26,2 por cento”.

O BNA anunciou na quartafeir­a uma série de medidas tomadas na reunião extraordin­ária do Comité de Política Monetária, entre as quais o fim da margem de 2 por cento sobre a taxa de câmbio de referência que era praticada pelos bancos comerciais na comerciali­zação de moeda estrangeir­a no mercado interbancá­rio e aos clientes. No início do ano, o BNA tinha já retirado o limite de 2 por cento imposto aos bancos no leilão de divisas e elimina agora a margem de 2 por cento que os bancos podem aplicar, esperando encontrar um equilíbrio cambial até ao final do ano.

O Comité de Política Monetária do BNA decidiu também manter inalterada a taxa de juro nos 15,5 por cento e ajustou de 17 por cento para 22 por cento o coeficient­e de reservas obrigatóri­as para moeda nacional.

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