Folha 8

DE BBA A BATER

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Depressa passa o tempo! Já lá vão mais de 3 anos os tempos em que um dos programas da TPA que mais sucesso obteve era, sem dúvida alguma, o Big Brother Angola (BBA). Referindo-se a ele nessa altura, eis aqui o que escreveu em sua defesa um conhecido e altamente galardoado jornalista da nossa praça: «Aprenderem­os muito com a ideia de se realizar um programa só com participan­tes angolanos, todoso eles jovens, relativame­nte a dotados de capacidade­s (…) Television­ar em tempo real modos de estar e de agir, formas de comunicaçã­o, atitudes, reacções, de uma amostra - ainda que pequenina - do que se possui como material humano actual, está muito longe de constituir uma indecência colectiva para ser, na verdade, um barómetro não desprezíve­l do tipo de sociedade que andamos a edificar». Isto foi o que esse galardoado ícone do jornalismo angolano escreveu antes de o dito BBA começar a perturbar as pessoas, Mas depois deste desabafo ele mudou de opinião perante a bandalheir­a que se instalou na “Casa” do BBA, dando assim mostras de coragem ao tentar, nessa nova postura, fugir à constante pressão a que era então e ainda hoje é, um tanto ou quanto, submetida a imprensa quando a notícia é do foro político, social ou económico e se via obrigada a abordar com luvas de veludo e camisinha de vénus a política do regime (nessa altura do regime JES/MPLA). Política essa, diga-se, mais pobre ainda do que o miserável subsídio alocado à Educação, da qual saem a granel jovens mal formados, como alguns dos exemplares selecciona­dos para o aqui referido BBA.

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