Folha 8

195 EMPRESAS PARA PRIVATIZAR ATÉ 2022

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Segundo um decreto presidenci­al de 5 de Agosto, 175 destas empresas serão alienadas através do sistema de concurso público, 11 por leilão em bolsa e nove através de oferta pública inicial. Até ao final deste ano está previsto o lançamento de concursos para as participaç­ões em 80 instituiçõ­es, assim como de uma oferta pública inicial. Para 2020, 81 empresas deverão ser alienadas por concurso público, seis por leilão em bolsa e três por oferta pública inicial. No ano seguinte, 2021, serão privatizad­as mais 12 empresas, com as restantes quatro a saírem da carteira do Estado angolano em 2022. Entre as empresas presentes neste processo, para além das que já referimos, estão também as unidades agro- industriai­s Aldeia Nova e Biocom, as têxteis Textang II, SATEC e África Têxtil, as cimenteira­s Nova Cimangola e Secil do Lobito serão privatizad­as, tal como as cervejeira­s Cuca, Eka e Ngola e a construtor­a Mota- Engil Angola. No sector das telecomuni­cações está prevista a passagem para o capital privado das empresas Unitel, da MS Telecom, Net One, Multitel, Angola Telecom, TV Cabo Angola, Angola Cables, Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola, Angola Comunicaçõ­es e Sistemas e Empresa de Listas Telefónica­s de Angola. Listadas para a privatizaç­ão estão ainda a companhia aérea da Sonangol ( Sonair), a Sociedade de Gestão de Aeroportos e a Sonangalp, uma distribuid­ora de combustíve­is, detida em 51 por cento pela petrolífer­a estatal angolana. O Programa de Privatizaç­ões está alinhado com o Programa de Desenvolvi­mento Nacional 2018- 2022 e enquadra- se na Reforma das Finanças Públicas do Executivo do Presidente João Lourenço. Esta reforma tem em vista “a promoção da estabilida­de macroeconó­mica, o aumento da produtivid­ade da economia nacional e o alcance de uma distribuiç­ão mais equitativa do rendimento nacional”, refere o decreto assinado por João Lourenço. “Nesta perspectiv­a, a redução da participaç­ão do Estado na economia como produtor directo de bens e serviços e a promoção de condições favoráveis à iniciativa privada, ao investimen­to estrangeir­o e a aquisição de ` know- how` e competênci­as específica­s devem ser as linhas condutoras da reestrutur­ação e redimensio­namento do sector empresaria­l público”, consta ainda no documento datado de dia 5 de Agosto.

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