A MÁ CORRUPÇÃO E A BOA CORRUPÇÃO ELEITOR TEM DE MUDAR A SUA FORÇA
Opaís está dividido. Lamentável! O MPLA está rachado. Desastroso! A Polícia está dividida. Ruim! As FAA estão rachadas. Triste! A Segurança de Estado está dividida. Assustador! A Procuradoria- Geral da República está politizada. Mau! A Justiça é parcial. Vergonhoso!
O sistema de Educação está abandonado. Criminoso! O analfabetismo, a mediocridade, a boçalidade e a bajulação, foram elevadas ao pedestal institucional. Deprimente! A corrupção, mudou. Sim! Apenas de cor e de senhor. As reservas cambiais do país estão em esgotamento. Incompetência!
O Fundo Soberano, com aplicações despesistas em PIMM. Crime!
O país estagnou, os empresários nacionais e estrangeiros, não têm confiança na actual política governativa, que ameaça mais, destilando raiva e ódio, prendendo selectivamente, em total desrespeito as leis em vigor.
O principal responsável de toda esta sarrabulhada, tem, em 2020, infelizmente, nome: a nova liderança do MPLA, que preferiu rebuscar as teses autoritárias e ditatoriais de Agostinho Neto de 1963! Por muitas voltas que se queira dar ao destino, o da maioria dos autóctones angolanos é frustrante e revoltante, uma vez, assistirem à conversão do plano ideológico e do sentido programático do partido que dirige Angola, desde 1975, mudar da alegada esquerda, que o guindou para a Internacional Socialista, para a extrema- direita, adoptando o neoliberalismo, aplaudindo o capitalismo voraz e a privatização completa do Estado.
Uma privatização onde os angolanos, principalmente, os discriminados pelo regime, serão inferiores aos investidores estrangeiros, numa receita perfeita para o regresso da colonização.
O novo conceito de colonialismo, baseado, exclusivamente, na economia é pior que o anterior, pois não sendo singular, mas plural, a China que deterá quase 70%, a Europa e a América, terão apenas uma estratégia de extracção acelerada e desenfreada das riquezas angolanas do solo e subsolo, sem qualquer preocupação ambiental e desenvolvimento auto- sustentado do país. É triste ver antigos proletários transformarem- se em proprietários vorazes, primeiro guerreando- se entre si, na célebre batalha dos “Marimbondos” e depois, vendendo o país ao desbarato, numa clara violação a soberania angolana. Como entender que um regime, que tem como palavra de ordem “o mais importante é resolver os problemas do povo”, não tenha ninguém capaz de criticar e colocar um freio neste desvario, onde a fome passou a ser obrigatória e o desemprego uma norma obrigatória para a maioria. Nesta luta, entre duas facções: presidente emérito e presidente em exercício de contornos, quase demoníacos, o silêncio de uns, na direcção do MPLA e da sua bancada parlamentar, face às respectivas responsabilidades, torna- os cúmplices da barbárie institucional. Infelizmente, para desgraça colectiva, nesse combate, não haverá vencedores, pelo contrário, o maior perdedor, será, mais cedo do que tarde, o próprio partido no regime, ante o despertar da consciência do eleitor geral e do seu militante em particular, pois se uma das facções, a mais corrupta, ladra, delapidadora do erário público, deixou a vida dos angolanos mais barata e a perspectiva de um empresariado nacional, angolano e, hoje, com a facção alegadamente honesta, “não- corrupta”, a vida da maioria deixou de ter norte, com a carestia do nível de vida, a alta dos impostos, o desemprego, a fome, a seca no sul, chegará a hora do estômago influenciar a mente da maioria votante, varrer as promessas idosas e abraçar um novo pragmatismo e actores políticos.