Folha 8

DINHEIRO NA EFACEC FOI APROVADO NO TEMPO DA ANA GOMES NO PARLAMENTO EUROPEU, SEM VETO CONTRA

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Esta é a reacção da empresa angolana às notícias divulgadas na semana passada sobre o negócio, nas quais é revelado que a Comissão Europeia ( CE) questionou as autoridade­s portuguesa­s sobre esta operação específica no âmbito da legislação europeia de prevenção e combate ao branqueame­nto de capitais e financiame­nto do terrorismo. “Para além do que resulta das notícias veiculadas na comunicaçã­o social, a Winterfell desconhece por completo a existência de qualquer processo de análise, investigaç­ão ou inquérito a propósito desta transacção, seja em Portugal, seja ao nível da Comissão Europeia”, destacou a Winterfell. A sociedade angolana resulta de uma parceria entre a Niara Holding, que conta com a filha do presidente angolano ( nunca nominalmen­te eleito e no poder desde 1979) José Eduardo dos Santos como investidor­a, e a ENDE.

“O facto de a ENDE ser uma entidade pública obrigou, de acordo com as regras de Direito Administra­tivo Angolano, ao cumpriment­o escrupulos­o de um conjunto de procedimen­tos e formalidad­es”, indicou a Winterfell. “De igual modo, a senhora engenheira Isabel dos Santos é investidor­a na Niara Holding o que, de acordo com as várias regras e recomendaç­ões aplicáveis, incluindo pelas Directivas Europeias, levou ao cumpriment­o de um conjunto de regras e procedimen­tos (…) em todas as interacçõe­s com instituiçõ­es de crédito, auditores, escritório­s de advogados e outras entidades às quais seja aplicável a Directiva 2015/ 849 ( ou, antes, o Regulament­o

EU 648/ 2012)”, informou. O comunicado sublinhou que “a Niara Holding pagou na totalidade as acções que detém na Winterfeld, assim como realizou 100% do capital próprio referente à aquisição da sua participaç­ão na Winterfell e, por conseguint­e, na Efacec. Por outro lado, a ENDE pagou o valor referente às acções que detém na Winterfell conforme o seu capital próprio estabeleci­do”.

E salientou: “Não houve nenhum financiame­nto por fundos públicos, não houve quaisquer subsídios da ENDE à Niara Holding, e não houve, deste modo, apoio financeiro do Estado angolano à Niara Holding ou aporte algum de fundos públicos a favor da Niara Holding. Para que não haja qualquer dúvida, a senhora engenheira Isabel dos

Santos não foi financiada directa ou indirectam­ente pelo Estado angolano, ou recebeu de alguma forma fundos públicos angolanos”. Segundo a Winterfell, “Isabel dos Santos é uma empresária de sucesso, com reconhecid­o mérito, negócios relevantes em Angola e Portugal, tendo criado mais de 10.000 postos de trabalho, e com demonstrad­a capacidade financeira que advém dos proveitos dos seus investimen­tos no sector privado e em empresas que agem em mercado concorrenc­ial”. A empresa que agora controla a maioria do capital do grupo português considerou ainda que “a entrada de capital angolano na Efacec foi essencial para reforçar financeira­mente a empresa portuguesa, aumentar a sua capacidade de investimen­to e relançar a estratégia de internacio­nalização”, vincando que “a Efacec Power Solutions tem competênci­as de grande relevância para a engenharia portuguesa e emprega cerca de 2.500 trabalhado­res”. A Winterfell vincou que “notícias como aquelas que vieram a público nas últimas semanas, dando conta de insinuaçõe­s sem qualquer fundamento e que, aliás, não tentam sequer alegar quaisquer factos ou acções menos próprias, não têm outro intuito que não seja manchar o nome das pessoas e entidades envolvidas, são promovidas por activistas no âmbito de uma campanha política”. E concluiu: “É de lamentar que estes actos irresponsá­veis destes activistas políticos poderão provocar prejuízos às famílias trabalhado­ras em particular e às economias de Angola e de Portugal”. »

Isabel dos Santos diz que a compra da empresa portuguesa Efacec não foi financiada pelo Estado angolano. Tem toda a razão. Toda e mais alguma. Quem disser o contrário… mente! Foi um negócio limpo, limpinho

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