BATOTA ESTÁ NO ADN DO MPLA?
Um batoteiro profissional é como um ladrão antigo, mas um juiz batoteiro é pior que uma víbora venenosa, pois aquele ( juiz) na sua magistratura, destila, com dolo, veneno capaz de matar o legítimo sonho de milhões, que acreditam no senso de justiça. No caso vertente, a persistência dos deputados do MPLA, cuja actuação cada vez mais se confunde como se fossem uma “manada de gado” ( terminologia figurada) de conferir posse, a um cidadão sobre quem recaem fortes suspeições de locupletamento de dinheiro público, gestão danosa do património do Estado e da prática de perjúrio e falsas declarações, confere- lhes o estatuto de uma organização talhada para fazer o mal ao país e a maioria dos cidadãos.
Os que reclamam e alertam sobre as arbitrariedades são a maioria cidadã, os que aprovam a indignidade, desgraçadamente, em função da força das baionetas, sendo uma minoria, são a nível da Assembleia Nacional, a maioria partidocrata. Agora, em 2022 caberá ao eleitor estar preparado não só para enfrentar o MPLA, nas urnas, mas, fundamentalmente, a máquina informática diabólica da fraude, capitaneada por empresas espanholas e portuguesas, que diante da vontade soberana e maioritária do eleitor consciente, têm vindo a patrocinar a batota eleitoral. Custa dizer, mas a grande verdade é ter caído por terra o farol da esperança daqueles que, ingenuamente, acreditavam em João Lourenço como detentor de uma visão reformadora dos órgãos do Estado nos marcos da lei. Hoje a musculatura de muitos actos e, também, da sua principal lança de actuação: PGR, mostram um alegado despreparo para as mais altas funções de Estado, incompatíveis com a pirotecnia verbal de combate à corrupção. O exercício da mais alta magistratura do país deve ser feita nos marcos da mais alta nobreza, impessoalidade, solenidade e democraticidade. O contrário é o lançar de sementes da balbúrdia institucionalizando, sub- repticiamente, um Estado policial, garante da batota e da fraude, visando a instauração do autoritarismo típico das ditaduras.
Os actos presidenciais, não podem demonstrar apetência pela ideologia partidocrata em detrimento da imparcialidade republicana. A República deve estar acima de tudo e de todos, não podendo ficar refém das vaidades umbilicais, fruto do poder acumulado de um homem, como se houvesse o “repristinar” das teses de Luís XIV, que dizia: “O Estado sou eu”, ante o vazio e impotência das demais instituições do Estado em Angola.
Na realidade angolana, em pleno século XXI, alguns desses pergaminhos, parecem servir de chapéu ao detentor do bastão da Presidência da República, uma vez ser, cumulativamente, presidente do MPLA, partido que sustenta o regime, espalhando o elixir do controlo absoluto do aparelho do Estado, principalmente através da “castração” dos órgãos de Defesa e Segurança.
Mas… quem pode manda. E quem manda ( desde 1975) é o MPLA e quem manda no MPLA é João Lourenço. Portanto, o MPLA continua a ser Angola e Angola continua a ser o MPLA. Desgraçadamente.
Os reclamam e alertam sobre as arbitrariedades são a maioria cidadã, os que aprovam a indignidade, desgraçadamente, em função da força das baionetas, sendo uma minoria, são a nível da Assembleia Nacional, a maioria partidocrata