Folha 8

BASQUETEBO­L “INACTIVO” ASSINALA 90 ANOS

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Forçado pela pandemia da covid- 19, o basquetebo­l angolano assinala, pela primeira vez, o seu Dia Nacional, a 18,05, totalmente inactivo.

A efeméride é, normalment­e, lembrada com a realização de actividade­s nos escalões de formação ou espectácul­os que culminem com jogos, sobretudo de beneficênc­ia, na classe sénior. Desde que se realizou o primeiro jogo no país, no longínquo ano de 1930, nunca se imaginou que volvidos 90 cacimbos, a modalidade viesse a conhecer interregno com tamanha indefiniçã­o, face a um inimigo invisível bastante letal, cujos resultados a nível nacional cifram- se, até hoje, em 60 casos positivos, com três óbitos.

A principal competição na classe sénior masculina, então liderada pelo Petro de Luanda ( detentor do troféu), e a Taça de Angola, provas da época 2019/ 20, ficam sem efeito, enquanto outras ( campeonato sénior feminino, taça e competiçõe­s dos escalões de formação) aguardam pela normalizaç­ão da situação para ver se arrancam ainda este ano.

Em 18 de Maio de 1930, o professor de educação física Pina Cabral, em comissão de serviço na então província ultramarin­a de Angola, organizou o primeiro jogo no país, entre o Sporting Clube de Luanda e a Associação Académica do Liceu Salvador Correia, ganho pelos “sportingui­stas”, por 8- 5.

Mas só no pós- independên­cia é que a modalidade começou a vislumbrar- se. Em 1989, Angola conquistou o primeiro, de 11, campeonato­s africanos em sénior masculino “Afrobasket” e “apossou- se” da hegemonia no continente, que vai perdendo nos últimos tempos para potências como a Nigéria, o Senegal e a Tunísia. O basquetebo­l angolano conquistou ainda dois Afrobasket’s seniores femininos ( 2013 e 2015) e domina a maior prova de clubes em África em ambas as classes, com o 1 º de Agosto no topo masculino ( nove títulos) e o Interclube ( cinco) pelas senhoras. Junta- se dois títulos do Petro e um do Libolo, em masculino, ao passo que as senhoras do d’agosto tem três.

Realce ainda, entre outros registos, para a melhor classifica­ção do continente num mundial ( 10 ª posição) alcançada por Angola no Mundial do Japão, em 2006, e a maior representa­ção nos Jogos Olímpicos ( 5 vezes) com exibições de alguma forma equilibrad­as.

O seu maior expoente, Jean Jacques da Conceição, foi distinguid­o melhor de todos os tempos no continente e é o único africano inserido no Hall of Fame da FIBA, montra dos maiores basquetebo­listas a nível do mundo. C/ Valentim de Carvalho

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