AS METAS DAS METAS QUE ESPERAM PELAS METAS
A ministra Faustina Inglês Alves, afirmou no dia 23 de Outubro de 2019 que Angola registou uma redução no nível de pobreza, passando dos 36,6% em 2017, para os actuais 29%, com uma meta de 25% até 2022. A governante do MPLA considerou “muito bom” que Angola comece a reduzir os seus níveis de pobreza, enaltecendo o encontro de troca de informações e análise de estratégias para se atingir a meta dos 25%, de acordo com os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.
“O Governo está a trabalhar, cada vez mais junto das populações. Estamos a identificar as suas necessidades e temos estado a arranjar formas de reunir as condições”, disse a ministra, passando uma monumental esponja sobre o facto de, estando há quase 45 anos no Poder, o MPLA ter conseguido “dotar” o país com 20 milhões de pobres. Segundo Faustina Alves, a população está a produzir e as autoridades a arranjar formas de facilitar o escoamento da produção, uma das reclamações existentes. Faustina Alves realçou o desenvolvimento da produção nas províncias do Moxico, Bié, Huambo e Uíje, e mesmo nas zonas afectadas pela seca, como o Namibe e o Cuando Cubango, à excepção do Cunene, onde vive o maior número de pessoas afectadas, seja quando chove ou quando não… chove. A titular da pasta da Acção Social, Família e Promoção da Mulher sublinhou que mais do que a redução das percentagens da pobreza, mais importante “é tirar a população do nível de vulnerabilidade em que se encontra”. “Às vezes apegamo- nos aos números, mas tudo depende do contexto climático, do que é dado às cooperativas e também do engajamento de todos”, salientou. Brilhante. É tudo mesmo resultado do contexto. Desde logo porque, convenhamos, se só tem fome quem não come, quem come não tem fome! A ministra recomendou aos administradores municipais que devem incluir as famílias vulneráveis em actividades geradoras de renda, para garantir o seu auto- sustento e, assim, reduzir o índice de pobreza na região. Brilhante. Ninguém que tenha, pelo menos, três refeições por dia diria algo mais emblemático.
Para tal, ressaltou, deve- se fazer o levantamento do número real de pessoas em situação de vulnerabilidade para, posteriormente, criar- se planos precisos e eficazes de apoio a esta camada da população. É claro que quanto mais tarde se fizer esse levantamento menos pobres haverá…
A ministra sublinhou ainda a importância da integração de sociólogos, psicólogos e de outros especialistas ( que não passem fome) nas direcções municipais da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, para auxiliarem na concepção e materialização de projectos de resolução dos problemas da comunidade. Incentivou também a contínua troca de experiência entre os administradores municipais, com vista a multiplicar- se as boas iniciativas. Do mesmo modo encorajou as diferentes franjas sociais a reforçar os gestos de solidariedade para com os idosos acolhidos em lares da terceira idade, de modo a minimizar as suas dificuldades. Igualmente relevante é a multiplicação patriótica dos ensinamentos que levem os angolanos a aprender a viver sem comer. E os resultados são animadores. Até agora só morreram os que estavam quase, quase, a atingir esse objectivo…