ASSASSINEM-ME, COVARDES
Eu sou uma gota, no oceano, não uma pedra no vosso sapato. Eu amo Angola, bato-me com todas as forças, para a implantação de um projecto de sociedade, onde todos os angolanos e não só os angolanos do MPLA se revejam. Outros amam, apenas o poder e o dinheiro de Angola para fins inconfessos. Se dizer a verdade é um crime, então, assassinem-me, em 2020, uma vez estarem arrependidos, de não o terem feito em 1977! Qual é a razão do Bureau Político do MPLA, partido que dirige Angola desde a independência como se fosse sua propriedade privada, mentir, grosseiramente, quanto à publicação de um texto que nunca, mas NUNCA, foi publicado no Folha 8, com a agravante, antipatriótica da calúnia, ser estendida através da contratação de mercenários, jornalistas portugueses, pagos a peso de ouro, com dinheiro que deveria ser aplicado na compra de medicamentos para combater a malária que mata, diariamente, mais de 200 angolanos?
O Bureau Político do MPLA considera-se, desde 1975, o oceano regulador da vida de todos, endereçando calemas (tsunamis) assassinas contra os que pensam diferente e que têm coragem de o dizer. Tenho sido um dos alvos preferenciais, talvez por defender a cultura dos povos autóctones, as suas tradições, as línguas angolanas, a língua nacional: a portuguesa (que é estrangeira) e, a raça, sem qualquer prurido, sendo Angola um país multirracial. Eu sou PRETO, com cultura do SUL e sangue BAKONGO e TCHOKWE, assumindo, orgulhosamente, a minha RAÇA sem vergonha, convivendo harmoniosamente, com as demais, que também, não se envergonham, por ninguém escolher a comunidade de nascimento.
Se isso é um crime, assumam, olhos nos olhos, ao invés de mobilizarem, directa ou indirectamente, bandidos dos “rebuçados” e delinquentes dos chocolates, para o serviço sujo e putrefacto numa qualquer esquina, como fizeram com Ricardo de Melo, Mfulumpinga Landu Victor, Kassule, Kamulingue Hilberto Ganga e outros. Muitos outros.
O Bureau Político do MPLA, desta vez, deve assumir, publicamente, o represtinar dos fuzilamentos, ordenando o meu assassinato, diante da sua massa militante, com cobertura da imprensa pública do MPLA, no Campo da Revolução, como o faziam nos anos de triste memória: 1975 a 1979...
Tenham higiene intelectual, pelo menos uma vez, de, frontal e declaradamente, assumir esta macabra intenção, que percorre o cérebro de muitos desde 1977.
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