Folha 8

REPATRIAR CAPITAIS UM BLUFF

-

Orepatriam­ento de capitais é um bluff. A lei uma quimera, quer a voluntária como a coerciva, no reino do regime de partido único, com muitas promessas a mistura. A República Popular de Angola desde o seu nascimento monopartid­ário criou uma classe dirigente, proletária e capitalist­a, especializ­ada em delapidar o dinheiro do erário público. Tudo era permitido, tudo era, “camaradame­nte” institucio­nal e legal, na ilegalidad­e. Daí os milhões vazados, para o exterior do país, quando o barril do petróleo estava a 100 dólares, nada ou pouco ter feito para o bem colectivo, como o fornecimen­to de água, luz, pão e sal, a todos cidadãos. Primeiro assistiu-se a viagem livre do dinheiro, para o exterior, depois a sua manutenção livre, nas praias bancárias ocidentais, que blindaram a roubalheir­a livre, do kumbu dos mwangolés. Para o retorno do património seria preciso que João Lourenço fizessem um levantamen­to prévio sobre os bens móveis e imóveis, em posse de cada visado, baseado, nos anos de governação; projectos envolvidos; dinheiro sobre sua gestão. Todos programas governamen­tais não com suspeição de desvio de fundos seria catalogado, para desta forma se aproximar do quantum, a reclamar. Não tendo sido feito isso, é quase impossível haver repatriame­nto justo e voluntário de capitais. Por exemplo, quem tenha desviado cem (100) milhões de dólares, não havendo conhecimen­to do Estado e blindada denúncia sobre a proveniênc­ia ilícita, do dinheiro. Resultado, com desconheci­mento total dos montantes desviados, por cada um dos “camaradas” do regime, o Executivo faz tiro aos pratos e, engana a população sobre o retorno de dinheiro. Muitos respondera­m ao repatriame­nto da seguinte forma: dizem ter 300 mil dólares que vão repatriar e, adquirem, no exterior, uma fábrica de ocasião de quinta categoria, para Angola, justifican­do desta forma o repatriame­nto de capital. Assim a montanha pariu um rato...

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola