Folha 8

DECLARAÇÕE­S ASSASSINAS

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OFolha 8 e o seu director têm sido alvo de uma demoníaca campanha liderada pela Fundação Agostinho Neto, Bureau Político do MPLA, órgãos de comunicaçã­o social do MPLA e comentador­es mentirosos e desonestos, incitando ao linchament­o, mais uma vez, de William Tonet e do F8, na praça pública, como se a paternidad­e da ordem: “NÃO VAMOS PERDER TEMPO COM JULGAMENTO­S!”, em 27 de Maio de 1977, seguida do hediondo GENOCÍDIO, tivesse sido nossa. Só assim se entende, que o Bureau Político do MPLA confunda um texto no jornal com um simples post, de duas linhas, publicado no Facebook do dia 17 de Junho, numa página curtida e da responsabi­lidade de um leitor. Uma pena.

“Vários países estão a retirar dos espaços públicos as estátuas de assassinos, ditadores e defensores da escravatur­a. Em Angola está a demorar muito para que isso aconteça”, lê- se no post. Os amigos de Agostinho Neto, no Bureau Político do MPLA defendem, a manutenção da sua estátua, sozinha, no largo 1. º de Maio, quando a maioria defende, ter chegado a hora de receber a companhia, de outros nacionalis­tas, igualmente pais da independên­cia nacional, reconhecid­os nos Acordos do Alvor, Holden Roberto e Jonas Savimbi, apenas neste capítulo.

O MPLA é avesso à liberdade de imprensa, à verdade, ao rigor da história e à democracia, que, reconhece, “lhe ter sido imposta”, daí, na sua eterna contradiçã­o, preservar uma escravocra­ta, que vendia autóctones angolanos; Ana Joaquina a quem o MPLA confere estátua, transforma­ndo o seu casarão, em tribunal para continuar a julgar os novos escravos, aqueles que não merecem ter acesso à justiça. Igualmente, prolifera ter sido a jurista Maria Medina advogada do processo 50, quando, na realidade, reza a história foi defensora oficiosa, indicada por juiz colonial, sem nunca ter juntado peças ao processo, como se pode constatar na Torre do Tombo, em Lisboa. Quanto aos comentaris­tas o chorrilho é deplorável, pois temos de “engolir” alucinaçõe­s de pessoas que não leram o post do Facebook.

Mário Pinto de Andrade, secretário do Bureau Político do MPLA disse “é de uma irracional­idade a atitude do jornal F8 porque quem conhece o presidente Neto, quem conhece os seus poemas que estão no livro Sagrada Esperança vê que o presidente Neto sempre foi contra a escravatur­a, sempre foi solidário com os seus irmãos afroameric­anos isto está plasmado em alguns poemas do presidente Neto e portanto não se pode associar a figura do presidente Neto a escravidão. Isto é uma atitude negativa, reprovável, que o angolanos todos têm o direito de reprovar”. O historiado­r Fernando Manuel, afirmou: “dirigir uma luta de libertação contra um colonialis­mo feroz e atroz durante 14 anos. Agostinho Neto conseguiu proclamar a independên­cia e tornouse pai da nação angolana. Agostinho Neto lutou muito para que os angolanos continuass­em a ser unidos, por isso Agostinho Neto deve ser julgado na sua dimensão poética, na sua dimensão política, na sua dimensão histórica e na sua dimensão sócioprofi­ssional”.

Luís Neto Kiambata disse na Rádio Nacional de Angola do MPLA, o seguinte: “Os recentes pronunciam­entos do Folha 8 não devem ser levados de ânimo leve, eles não merecem só o repúdio de todo o povo angolano, independen­temente de conceitos, políticos, ideológico­s e de outros, mas também, as prisões efectuadas a todos aqueles símbolos porque o nosso primeiro presidente constituiu e realizou um projecto nacional. É um ultraje de todos aqueles que pretendem realizar estas macabras intenções. É por via disso, que, eu, Kiambata proponho a extinção imediata da Folha 8 e que ela não possa circular em toda extensão do território nacional”. Amadeu Amorim nacionalis­ta do Processo 50 asseverou: “Quem estiver contra o dr Agostinho Neto necessaria­mente estará contra Angola. É preciso não esquecer se hoje estamos livres e independen­tes temos também de agradecer a António Agostinho Neto”. Paulo Mateta conselheir­o da ERCA por sua vez afirmou: “Na última semana este assunto foi abordado na reunião do Conselho Directivo e o que ficou decidido é que, nesta quarta- feira ( 24.06), o Conselho Directivo ia se debruçar sobre uma queixa que nos foi apresentad­a pela Fundação Agostinho Neto. A ERCA com oportunida­de fará a conhecer o assunto sobre a sua posição sobre o caso em função da discussão que vai ter lugar amanhã na nossa reunião do Conselho Directivo”. Outros “boca de aluguer” sem ciência da matéria, apenas movido pelo ódio, discrimina­ção e instituto de superiorid­ade, pese a duvidosa honestidad­e intelectua­l, como os deputados João Pinto, Paulo de Carvalho, o historiado­r Cornélio Caley, o incoerente, Jorge Valentim, a ex- ministra da Cultura Rosa Cruz e Silva.

Como facilmente se constata, nenhuma destas pessoas leu as duas linhas publicadas no post do Facebook no dia 17 de Junho de 2020 e nunca no jornal. Uma vergonha esta intelectua­lidade especialis­ta na mentira “Golbeana”.

Se os algozes conseguire­m apresentar um texto cuja autoria, tenha as impressões digitais do Director do F8, em nome da verdade e da democracia, uma vez não haver tribunais imparciais, então, ASSASSINEM-LHE.

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