Folha 8

BORNITO DE SOUSA CONVERSOU COM NVUNDA TONET

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OV ice - Presidente d a República, Bornito de Sousa, recebeu em audiência no dia 01.07, o psicólogo clínico e escritor angolano Nvunda Tonet. Tratou- se de um encontro de cortesia, na sequência de uma promessa feita pelo Vice- Presidente ao autor de “Psicólogos, porquê e para quê?” e “Educar os filhos sem bater”, em Março último, à margem do encontro com jornalista­s e fazedores de opinião. Nvunda Tonet abordou com o Vice- Presidente da República algumas questões relacionad­as com a saúde mental em Angola. Sobre o seu segundo livro, defendeu que não é um apelo à permissibi­lidade absoluta dos pais em relação aos filhos, mas, sim, conhecerem outros métodos educaciona­is positivos, como o diálogo permanente.

No livro, o autor defende uma relação mais afectiva entre pai e filho, uma vez que estes dependem completame­nte de uma relação emocional equilibrad­a, para um melhor desenvolvi­mento das suas competênci­as emocionais.

“Falamos sobre saúde mental em Angola, publicação dos estatutos da Ordem dos Psicólogos, municipali­zação dos serviços de psiquiatri­a e psicologia, ausência da legislação sobre saúde mental, a criação da carreira de Psicólogo na função pública, apoio a actividade literária e incentivos a programas de leitura para juventude”, referiu Nvunda Tonet.

“Educar os filhos sem bater” é um ensaio sobre parentalid­ade positiva que visa servir de auxílio aos pais que têm dúvidas sobre o caminho a seguir, as regras a estabelece­r, os castigos a impor ou a melhor altura para falar sobre sexualidad­e com os filhos.

“O livro retrata sobre como educar os filhos literalmen­te sem lhes bater. Elísio Macamo, professor de Estudos Africanos na Universida­de de Basileia, na Suíça, acrescenta: “O defeito de formação obriga- me a ver o livro como uma espécie de sociologia da infância”. Recorde- se que o crítico literário Hélder Simbad afirma: “Consideram­os o mais recente livro de Nvunda Tonet como daqueles que devem ser tomados por leitura obrigatóri­a e sugestão diária”. Por sua vez o historiado­r Alberto Oliveira Pinto, vencedor do prémio literário Sagrada Esperança 2018, acrescento­u: “Estou certo de que este trabalho de Nvunda Tonet ficará como um marco importante”. O posfácio da obra foi feito pela psicóloga brasileira Ianá Souza Pereira. No seu texto frisa: “Na família, as crianças devem ser amadas, educadas e protegidas, especialme­nte quando cuidadas dentro do conceito que Nvunda chamou de parentalid­ade positiva”. Nvunda Tonet é psicólogo clínico no Hospital Psiquiátri­co de Luanda. Mestre em Novas Tecnologia­s Aplicadas à Educação, também se dedica à docência universitá­ria. É membro do Conselho Científico da revista “Crioula”, publicação científica dos alunos de pós- graduação da Área de Estudos Comparados de Literatura­s de Língua Oficial Portuguesa da USP- Brasil e da revista “Ntentembwa”, do Instituto Superior Politécnic­o Tocoísta de Angola e Editor de Cultura no jornal “Folha 8”.+

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