EPAS (EMPRESA PÚBLICA DE ÁGUAS E SANEAMENTO) HÁ SEIS MESES SEM SALÁRIO
Numa altura em que se renovam os apelos à lavagem das mãos, no âmbito do reforço das medidas de biossegurança, para conter a pandemia da COVID- 19, as zonas residências da província do Bengo, que recebem, nas torneiras, água, poderão ver interrompido o seu fornecimento, com a realização ( confirmação) de mais uma greve na Empresa Pública de Águas e Saneamento. O motivo relaciona- se com o incumprimento da entidade patronal, quanto ao pagamento dos ordenados de cerca de 84 ( oitenta e quatro) funcionários, referentes a seis meses de trabalho.
Se as partes não chegarem a um acordo, estaremos na presença da quarta paralisação, pese ter havido, um encontro entre os grevistas, o PCA do Conselho de Administração da EPAL, membros da EPAS e do governo provincial, sem ter havido desenvolvimentos positivos, tal qual a promessa não cumprida de começarem a receber os ordenados a partir do dia 16 de Julho 2020.
“No encontro que mantivemos com o PCA da EPAL e os membros do Governo Provincial, disseramnos que teríamos o dinheiro de um mês nas contas, no dia a seguir à reunião, para podermos retomar os trabalhos de forma normal enquanto se cumpriria os pagamentos dos salários dos outros meses, conforme acta assinada no dia 6 de Julho”, explicou o trabalhador N’gongo Fernandes, acrescentando que o regresso dos 84 trabalhadores depende do pagamento na totalidade.
“Caso não nos paguem todo o dinheiro, destes seis meses, não voltaremos ao trabalho e já não vamos só atribuir culpa ao Conselho de Administração da EPAL, que já mostrou por A + B que não tem dinheiro para nos pagar, mas todas as outras entidades do Estado. Somos muitos a sofrer, estamos desgastados com a situação e não teremos mais encontro com ninguém, porque o que nós queremos é o dinheiro nas nossas contas”, asseverou Fragoso Dongala.