Folha 8

INTERNET… POTÁVEL!

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Aministro das Telecomuni­cações Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, Manuel Homem, defendeu, em Luanda, a promoção do acesso à Internet em todos os estratos sociais e em todo o país. Embora dê jeito haver electricid­ade, crêse que o Governo a vá tornar “potável” através de ligação a candeeiros a petróleo ou a velas de cera…

Por todos os cantos e esquinas do país multiplica­ram- se as manifestaç­ões de júbilo e elogios à tese de Manuel Homem. A população dos Gambos, por exemplo, e daquelas localidade­s do Cuando Cubango, onde, só este ano, já morreram 51 crianças devido à fome, receberam a notícia com muita alegria. Já foram comprar computador­es para os filhos e velas para fornecer energia para os computador­es poderem funcionar.

Alguns pais, pouco informados sobre a ciclópica capacidade do governo, perguntam se as crianças, para terem acesso a electricid­ade, irão ligar os computador­es no tronco ou nos ramos das árvores. Esquecemse, lamentavel­mente, que a os computador­es podem funcionar ligados a candeeiros ou a velas de cera.

Manuel Homem, que falava à imprensa no termo de uma visita de constataçã­o ao Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação ( INFOSI), considerou que a expansão do sinal da Internet deve permitir e facilitar o acesso a todos. “Temos de continuar a trabalhar na promoção do acesso à Internet em todos os estratos sociais por via dos programas de massificaç­ão e inclusão digital em curso um pouco por todo o país”, frisou o ministro sem que alguém lhe lembrasse que não fica bem falar de coisas como electricid­ade ( mesmo que na versão “potável”) a um povo que tem 20 milhões de pobres. Isto se é que esses pobres são gente, se é que são… angolanos.

Manuel Homem manifestou-se , igualmente, satisfeito com o nível de organizaçã­o do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação do ponto de vista técnico e administra­tivo, o que vai facilitar o processo de apoio à modernizaç­ão dos sistemas da administra­ção pública em curso no país, no âmbito dos programas e projectos de massificaç­ão digital.

Com a implementa­ção dos Programas e Inclusão Digitais, o Ministério das Telecomuni­cações Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social tem vindo a desenvolve­r o Projecto “Angola Online”, que já permitiu montar 111 pontos públicos de acesso à Internet, em todo o território nacional. Acresce que, com esse acesso à Internet, os nossos pobres podem mostrar ao mundo que são dos melhores na disciplina basilar implementa­da pelo MPLA há 45 anos e que, por isso, constitui o seu ADN: Aprender a viver sem comer. É claro que o resultado não é 100 por cento positivo. Isto porque muitos quando estavam quase, quase mesmo, a saber viver sem comer… morreram. Manuel Homem disse ainda que, além do Projecto “Angola Online”, existem outros, com destaque para “Andando com as TIC”, que permitiu, igualmente, melhorar os índices de acesso às tecnologia­s de informação e comunicaçã­o nas zonas mais recônditas do país. O ministro garantiu, igualmente, estarem criados os programas e plataforma­s tecnológic­as em todos os departamen­tos ministeria­is e instituiçõ­es públicas para a realização de reuniões e outros encontros de trabalho, nesta fase em que o mundo e, de modo particular, o país enfrenta a pandemia da Covid- 19.

“Estão criadas as condições para assegurar que os serviços públicos continuem a funcionar de forma normal”, disse. Por outro, reconheceu a necessidad­e de se continuar a imprimir esforços para garantir que mais serviços possam surgir com o ambiente digital, de maneira a garantir que os cidadãos, em casa, durante a época da Covid- 19, continuem a realizar contacto com a administra­ção pública de forma mais célere e segura.

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