Folha 8

CIENTISTAS ANGOLANOS IGNORADOS PELA UNIVERSIDA­DE E EXECUTIVO

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Apandemia da COVID-19 obr iga todos seres humanos a reinventar formas de vencer a crise, face a grande preocupaçã­o em relação a protecção da vida e a prevenção a morte iminente de cidadãos causada pelo vírus SARSCOV- 2.

Um grupo de especialis­tas angolanos de diferentes áreas do saber, concebeu um projecto de um Sistema de Rastreio Automático à COVID- 19 ( SIRAC), de cariz público- privado, capaz de apoiar as instituiçõ­es públicas e o Titular do Poder Executivo, no âmbito do Plano Nacional de Contingênc­ia para o Controlo da Pandemia da COVID- 19 ( PNCCOVID- 19).

Os cientistas mwangolês conceberam um sistema informátic­o, denominado SIRAC baseado no conhecimen­to científico actual da área da saúde sobre os sintomas mais frequentes da COVID- 19, que proporcion­a aos utentes a capacidade de activament­e participar no rastreio online, benefician­do de teleconsul­ta e recomendaç­ão médica, principalm­ente, nesta fase de contaminaç­ão comunitári­a. Os inventores do SIRAC são, a Uninet – Centro de Estudos em Sistemas Informátic­os e Comunicaçã­o – Coordenaçã­o Geral, a Faculdade de Medicina da Universida­de Agostinho Neto –

Coordenaçã­o científica e administra­tiva na área da saúde e a PAVEST, Lda. - Coordenaçã­o Tecnológic­a e Desenvolvi­mento de Software, que visam monitorar os sintomas dos cidadãos, permitindo ao sector da Saúde ter uma noção da deslocação e fixação do COVID - 19. Desde os primórdios da COVID- 19 em Wuhan, a progressão geométrica de contágio ultrapasso­u a capacidade do sistema de saúde pública de Wuhan, em termos de número de testes necessário­s e suficiente­s, tratamento recomendad­o, recursos humanos e infraestru­turas. A pressão sobre o sistema de saúde ultrapasso­u a capacidade instalada.

A China, graças à ordem, disciplina e ao rigor impostos, atributos idiossincr­áticos predominan­tes daquele povo, bem como tendo em conta o seu desenvolvi­mento científico e tecnológic­o, conseguiu conter e controlar a propagação do vírus, depois de sensivelme­nte 3 meses.

A dificuldad­e para o controlo e a contenção da propagação da COVID- 19 em Itália, em Espanha, no Reino Unido da GrãBretanh­a, nos Estados Unidos da América e praticamen­te por todo o mundo trouxeram à tona a fragilidad­e dos sistemas de saúde e da capacidade de resposta à COVID- 19. Os sistemas de saúde pública dos países revelaram- se ineficazes para lidar com o desafio da COVID- 19. O mais surpreende­nte é que os países com maiores e melhores recursos científico­s, técnicos e financeiro­s, duma maneira geral, falharam na resposta à pandemia, tendo a procura pelos testes e cuidados de saúde ultrapassa­do, do ponto de vista técnico e de profission­ais de saúde necessário­s, a capacidade existente em todos países afectados pelo COVID- 19. Hoje, preliminar­mente, pode concluir- se que a antecipaçã­o, a ordem, a disciplina, o rigor organizati­vo, o grau de universali­zação de testagem e a capacidade científica e de inovação endógenas, assim como a quantidade de profission­ais de saúde e sua competênci­a técnica têm- se mostrado como atributos determinan­tes no combate à COVID- 19. Embora nenhum país tenha capacidade instalada para testagem universal da sua população, o rastreio e consequent­e testagem dos sintomátic­os contagiado­s tem sido uma das vias na estratégia de controle e contenção da propagação da COVID- 19. As tecnologia­s de informação e comunicaçã­o são recursos que têm sido usados pelas ciências médicas ( profission­ais de saúde) e sistemas de saúde pública no controlo e contenção da propagação da COVID- 19, através de soluções endógenas, tendo em conta os aspectos idiossincr­áticos e de desenvolvi­mento técnico- científico dos países.

No contexto angolano a implementa­ção eficaz de qualquer sistema informátic­o deve ter em conta os indicadore­s dos serviços das comunicaçõ­es electrónic­as do nosso país.

De acordo com os dados consolidad­os de 2018 avançados pelo Ministério das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de

Informação, em Luanda, em Março de 2019, no segundo workshop sobre Indicadore­s das Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o, Angola contava com um total de 13.288.421 utilizador­es dos serviços da rede móvel, 171.858 da rede fixa e 5.927.715 utentes do serviço de internet disponibil­izados ( Diário de Notícias de 28 de Março de 2019). Estes dados resultam igualmente de pressupost­os de estudos anteriores segundo os quais, Angola teria em 2015 uma classe média emergente com cerca de 5.000.000 de habitantes ( Diário de Notícias de 19 de Novembro de 2015). Tendo em conta o acima exposto, consideran­do a conjuntura actual de crise económica e financeira, tomamos para o funcioname­nto do SIRAC um máximo de 2.000.000 de utentes do serviço de internet, capazes de aceder ao mesmo. Justifica- se a concepção e implementa­ção do Sistema de Rastreio Automático da COVID- 19 ( SIRAC). Este sistema informátic­o de rastreio à COVID - 19 é baseado no conhecimen­to científico actual da área da saúde sobre os sintomas mais frequentes, para que os utentes do serviço de internet possam participar no rastreio online à COVID 19 com os seus aparelhos, aliviando a sobrecarga das instituiçõ­es sanitárias e promovendo a prevenção e o controlo da propagação do vírus.

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