CIENTISTAS ANGOLANOS IGNORADOS PELA UNIVERSIDADE E EXECUTIVO
Apandemia da COVID-19 obr iga todos seres humanos a reinventar formas de vencer a crise, face a grande preocupação em relação a protecção da vida e a prevenção a morte iminente de cidadãos causada pelo vírus SARSCOV- 2.
Um grupo de especialistas angolanos de diferentes áreas do saber, concebeu um projecto de um Sistema de Rastreio Automático à COVID- 19 ( SIRAC), de cariz público- privado, capaz de apoiar as instituições públicas e o Titular do Poder Executivo, no âmbito do Plano Nacional de Contingência para o Controlo da Pandemia da COVID- 19 ( PNCCOVID- 19).
Os cientistas mwangolês conceberam um sistema informático, denominado SIRAC baseado no conhecimento científico actual da área da saúde sobre os sintomas mais frequentes da COVID- 19, que proporciona aos utentes a capacidade de activamente participar no rastreio online, beneficiando de teleconsulta e recomendação médica, principalmente, nesta fase de contaminação comunitária. Os inventores do SIRAC são, a Uninet – Centro de Estudos em Sistemas Informáticos e Comunicação – Coordenação Geral, a Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto –
Coordenação científica e administrativa na área da saúde e a PAVEST, Lda. - Coordenação Tecnológica e Desenvolvimento de Software, que visam monitorar os sintomas dos cidadãos, permitindo ao sector da Saúde ter uma noção da deslocação e fixação do COVID - 19. Desde os primórdios da COVID- 19 em Wuhan, a progressão geométrica de contágio ultrapassou a capacidade do sistema de saúde pública de Wuhan, em termos de número de testes necessários e suficientes, tratamento recomendado, recursos humanos e infraestruturas. A pressão sobre o sistema de saúde ultrapassou a capacidade instalada.
A China, graças à ordem, disciplina e ao rigor impostos, atributos idiossincráticos predominantes daquele povo, bem como tendo em conta o seu desenvolvimento científico e tecnológico, conseguiu conter e controlar a propagação do vírus, depois de sensivelmente 3 meses.
A dificuldade para o controlo e a contenção da propagação da COVID- 19 em Itália, em Espanha, no Reino Unido da GrãBretanha, nos Estados Unidos da América e praticamente por todo o mundo trouxeram à tona a fragilidade dos sistemas de saúde e da capacidade de resposta à COVID- 19. Os sistemas de saúde pública dos países revelaram- se ineficazes para lidar com o desafio da COVID- 19. O mais surpreendente é que os países com maiores e melhores recursos científicos, técnicos e financeiros, duma maneira geral, falharam na resposta à pandemia, tendo a procura pelos testes e cuidados de saúde ultrapassado, do ponto de vista técnico e de profissionais de saúde necessários, a capacidade existente em todos países afectados pelo COVID- 19. Hoje, preliminarmente, pode concluir- se que a antecipação, a ordem, a disciplina, o rigor organizativo, o grau de universalização de testagem e a capacidade científica e de inovação endógenas, assim como a quantidade de profissionais de saúde e sua competência técnica têm- se mostrado como atributos determinantes no combate à COVID- 19. Embora nenhum país tenha capacidade instalada para testagem universal da sua população, o rastreio e consequente testagem dos sintomáticos contagiados tem sido uma das vias na estratégia de controle e contenção da propagação da COVID- 19. As tecnologias de informação e comunicação são recursos que têm sido usados pelas ciências médicas ( profissionais de saúde) e sistemas de saúde pública no controlo e contenção da propagação da COVID- 19, através de soluções endógenas, tendo em conta os aspectos idiossincráticos e de desenvolvimento técnico- científico dos países.
No contexto angolano a implementação eficaz de qualquer sistema informático deve ter em conta os indicadores dos serviços das comunicações electrónicas do nosso país.
De acordo com os dados consolidados de 2018 avançados pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de
Informação, em Luanda, em Março de 2019, no segundo workshop sobre Indicadores das Tecnologias de Informação e Comunicação, Angola contava com um total de 13.288.421 utilizadores dos serviços da rede móvel, 171.858 da rede fixa e 5.927.715 utentes do serviço de internet disponibilizados ( Diário de Notícias de 28 de Março de 2019). Estes dados resultam igualmente de pressupostos de estudos anteriores segundo os quais, Angola teria em 2015 uma classe média emergente com cerca de 5.000.000 de habitantes ( Diário de Notícias de 19 de Novembro de 2015). Tendo em conta o acima exposto, considerando a conjuntura actual de crise económica e financeira, tomamos para o funcionamento do SIRAC um máximo de 2.000.000 de utentes do serviço de internet, capazes de aceder ao mesmo. Justifica- se a concepção e implementação do Sistema de Rastreio Automático da COVID- 19 ( SIRAC). Este sistema informático de rastreio à COVID - 19 é baseado no conhecimento científico actual da área da saúde sobre os sintomas mais frequentes, para que os utentes do serviço de internet possam participar no rastreio online à COVID 19 com os seus aparelhos, aliviando a sobrecarga das instituições sanitárias e promovendo a prevenção e o controlo da propagação do vírus.