ESTÁDIO DO MAMBROA ABANDONADO
Decorria o ano de 2011, quando as autoridades da província do Huambo decidiram demolir o Estádio do Mambroa, comprometendose a fazer nascer, no mesmo espaço físico e em apenas nove meses, uma renovada infra-estrutura para a prática de desporto. Volvidos nove anos desde a altura da destruição do histórico recinto, encarada com satisfação pelos amantes da modalidade no bairro das Cacilhas, as obras de construção da nova infraestrutura desportiva estão paradas no “tempo e espaço”, sem sinais aparentes de recomeço.
Para tal, segundo a Angop, foi feito um investimento inicial de 844 milhões, 462 mil e 654 kwanzas, parte do qual, correspondente à 1ª fase dos trabalhos, chegaram a ser desembolsados.
Em Abril de 2013, a empresa construtora (Omatapalo) retirou-se com os seus equipamentos e, com isso, os cidadãos vandalizaram na totalidade o muro de vedação que ainda sinalizava o estado de obras.
Por esses factos e diante da demora do Estado em solucionar o problema, a massa associativa do clube está revoltada, por ver “morrer” uma grande parte da história do Mambroa. Trata-se, pois, de um estádio que orgulhou, por várias décadas, a direcção, os sócios e os adeptos da agremiação, apesar de só poder albergar, à época, quatro mil adeptos. Até ser demolido, o estádio, um dos primeiros a ser erguido na era colonial em Angola, possuía a melhor relva do país e uma das melhores pistas de atletismo em terra batida.
Foi palco, em 1981, de jogos internacionais, por altura da II edição dos Jogos da África Central.
Dez anos depois (1991), acolheu duas partidas entre as selecções do Huambo e a de sub-20 de Portugal, então campeã do mundo, com jovens promessas, como Brassard, Nélson, Capucho, Jorge Costa, Rui Bento, Paulo Torres, Peixe, Rui Costa, Figo, João Pinto, Gil e Toni.
Em 2011, por altura da demolição do campo, as autoridades locais destruíram, igualmente, o estádio do Recreativo da Caála, mas as obras deste último tiveram outro destino.
A infra-estrutura foi entregue em 2013, estando agora com capacidade para 10 mil espectadores, que acompanham as partidas do Girabola com mais condições de segurança.