Folha 8

ANJO (CUST)ÓDIO

- TEXTO DE ORLANDO CASTRO

Ov i c e - presidente do MPLA, Luísa Damião, desafiou as universida­des do país ( desde logo a Universida­de da qual é patrono) a promoverem a elaboração de projectos de estudos no âmbito do centenário de Agostinho Neto. A caminho, presume- se, de uma série de galardões internacio­nais, caso do Nobel da Literatura… Luísa Damião, que falava na abertura da mesa- redonda sobre “A dimensão política e cultural de Neto”, propôs à Faculdade de Letras da Universida­de Agostinho Neto a criação de um departamen­to ou estudos sobre a vida e obra de Neto, à semelhança de algumas academias do mundo. A vice- presidente do MPLA defendeu que não se pode diminuir ou denegrir a imagem ou reduzir a dimensão de Agostinho. Tem razão. Para além de ter mandado massacrar milhares e milhares de angolanos no 27 de Maio de 1977, a dimensão genocida de Agostinho Neto tem outras variantes dignas de estudo.

“O seu sentido humanista e de liderança do país fica expresso na necessidad­e da formação do homem novo por via da educação e dos valores e ideias do povo angolano”, disse a oradora, certamente numa mensagem subliminar aos familiares das vítimas do massacre que, provavelme­nte, não viram nessas mortes o sentido humanista do carrasco.

No colóquio, que decorreu sob o lema “Reforçar a Unidade Nacional com o Legado de Neto”, Luísa

Damião defendeu que Agostinho Neto deve ser sempre promovido, para o conhecimen­to e estudo das novas gerações. Tem razão. Do ponto de vista do MPLA, e aqui a mensagem não é subliminar ( pelo contrário), importa que os angolanos se lembrem de que o 27 de Maio de 1977 made in Agostinho Neto não foi caso único e pode ser repetido sempre que o partido quiser. Luísa Damião lembrou que Agostinho Neto é reconhecid­o internacio­nalmente e os seus feitos ultrapassa­m fronteiras. No seu percurso histórico, acrescento­u, além da dimensão humanista, tem as suas impressões digitais em vários domínios da vida do país. Modéstia. Na verdade as impressões digitais de Neto estão sobretudo na morte dos angolanos. A vice de João Lourenço afirmou também que Agostinho Neto é dos autores dos PALOP e da CPLP ( dir- se- ia de todo o planeta) mais traduzido no mundo, além de ser estudado em universida­des de: Afeganistã­o, África do Sul, Akrotiri, Albânia, Alemanha, Andorra, Anguila, Antárctida, Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Arctic Ocean, Argélia, Argentina, Arménia, Aruba, Ashmore and Cartier Islands, Atlantic Ocean, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Baamas, Bangladech­e, Barbados, Barém, Bélgica, Belize, Benim, Bermudas, Bielorrúss­ia, Birmânia, Bolívia, Bósnia e Herzegovin­a, Botsuana, Brasil, Brunei, Bulgária, Burquina Faso, Burúndi, Butão, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Canadá, Catar, Cazaquistã­o, Chade, Chile, China, Chipre, Clipperton Island, Colômbia, Comores, Congo-brazzavill­e, Congo- Kinshasa, Coral Sea Islands, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Cuba, Curacao e ainda: Dhekelia, Dinamarca,

Domínica, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Equador, Eritreia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Etiópia, Faroé, Fiji, Filipinas, Finlândia, França, Gabão, Gâmbia, Gana, Gaza Strip, Geórgia, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, Gibraltar, Granada, Grécia, Gronelândi­a, Guame, Guatemala, Guernsey, Guiana, Guiné, Guiné Equatorial, GuinéBissa­u, Haiti, Honduras, Hong Kong, Hungria, Iémen, Ilha Bouvet, Ilha do Natal, Ilha Norfolk, Ilhas Caimão, Ilhas Cook, Ilhas dos Cocos, Ilhas Falkland, Ilhas Heard e Mcdonald, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens Americanas, Ilhas Virgens Britânicas, Índia, Indonésia, Irão, Iraque, Irlanda, Islândia, Israel, Itália e… ainda: Jamaica, Jan Mayen, Japão, Jersey, Jibuti, Jordânia, Kosovo, Kuwait, Laos, Lesoto, Letónia, Líbano, Libéria, Líbia, Listenstai­ne, Lituânia, Luxemburgo, Macau, Macedónia, Madagáscar, Malásia, Malávi, Maldivas, Mali, Malta, Man, Isle of Marianas do Norte, Marrocos, Maurícia, Mauritânia, México, Micronésia, Moçambique, Moldávia, Mónaco, Mongólia, Monserrate, Montenegro, Namíbia, Nauru, Navassa Island, Nepal, Nicarágua, Níger, Nigéria, Niue, Noruega, Nova Caledónia, Nova Zelândia, Omã, Países Baixos, Palau, Panamá, Papua- Nova Guiné, Paquistão, Paracel Islands, Paraguai, Peru, Pitcairn, Polinésia Francesa, Polónia, Porto Rico, Portugal, Quénia, Quirguizis­tão, Quiribáti,

Reino Unido, República Centro-africana, República Dominicana. Roménia, Ruanda, Rússia, Salvador, Samoa, Samoa Americana, Santa Helena, Santa Lúcia, São Bartolomeu, São Cristóvão e Neves, São Marinho, São Martinho, São Pedro e Miquelon, São Tomé e Príncipe, São Vicente e Granadinas, Sara Ocidental, Seicheles, Senegal, Serra Leoa, Sérvia, Singapura, Sint Maarten, Síria, Somália, Spratly Islands, Sri Lanca, Suazilândi­a, Sudão, Sudão do Sul, Suécia, Suíça, Suriname, Tailândia, Taiwan, Tajiquistã­o, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Tokelau, Tonga, Trindade e Tobago, Tunísia, Turquemeni­stão, Turquia, Tuvalu, Ucrânia, Uganda, Uruguai, Usbequistã­o, Vanuatu, Vaticano, Venezuela, Vietname, Zâmbia e ( uf, uf, uf) Zimbabué. A suposta historiado­ra Rosa Cruz e Silva afirmou que Agostinho Neto fez da poesia uma poderosa arma para reivindica­ção dos direitos dos povos oprimidos. A estatura e grandeza de Agostinho Neto, disse, obriga, necessaria­mente, o estudo e o aprofundam­ento da sua obra.

“O seu legado deve ser a fonte primacial de inspiração para os desafios que se colocam no dia- a- dia”, sublinhou. Membro do Conselho da República, Rosa Cruz e Silva lembrou que Agostinho Neto, desde muito cedo, manifestou­se defensor das ideias de justiça social, tendose envolvido em causas que apelam à luta pela liberdade do povo… nem que para isso se massacrem milhares e milhares de angolanos.

Por sua vez o escritor e deputado Roberto de Almeida disse que Agostinho Neto é o elo e símbolo que representa Angola de Cabinda ao Cunene. Lembrou que Neto assumiu, desde muito novo, uma postura de pessoa simples, sóbria e respeitado­ra do semelhante ( os milhares de mortos no 27 de Maio não eram “semelhante­s”). Roberto de Almeida falou sobre o contexto africano e internacio­nal em que Agostinho Neto começou a afirmar- se depois de publicar artigos e poemas, proferir palestras em círculos estudantis, em Lisboa.

O suposto historiado­r

Cornélio Caley disse que, para perpetuar o pensamento de Agostinho Neto, é preciso que “se transborde para fora do MPLA datas como o 17 de Setembro, 4 de Fevereiro e 15 de Abril, para tornaremse inclusivas e abrangente­s na sociedade”. Para Cornélio Caley há uma necessidad­e de explicar à sociedade que Agostinho Neto “trouxe a liberdade de decidirmos, nós mesmos, o nosso futuro”.

Artur Orlando Teixeira Queiroz, o veterano mercenário português que actualment­e desempenha as funções de assessor da Fundação António Agostinho Neto ( FAAN) considerou que o processo contra o seu patrão Carlos Manuel de São Vicente, recentemen­te detido por corrupção, constitui uma tentativa de eliminação da família do primeiro Presidente de Angola. O mercenário de 77 anos teceu estas consideraç­ões através de zurros partilhado­s nas redes sociais, em que ataca ferozmente o Presidente da República, João Lourenço, o director da secreta angolana, general Garcia Miala, e o director do Departamen­to Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal ( DNIAP), da Procurador­ia- Geral da República, Wanderlei Bento Mateus.

Na fase em que tem o cérebro a deslocar- se do intestino delgado para o intestino grosso, o mercenário acusa o procurador Wanderlei Bento Mateus de “ser o iniciador da eliminação efectiva de uma família angolana cujos membros apenas cometeram um crime: Terem laços com António Agostinho Neto”. Segundo o mercenário português, “o Presidente João Lourenço resolveu piorar este mal e está por trás do início do extermínio da família de Agostinho Neto. O chefe vai ter menos trabalho, porque os familiares de Agostinho Neto são francament­e menos. Mas começou em grande. O general Fernando Garcia Miala pegou na mão de Wanderlei, quando ele mandou o empresário e economista angolano para a prisão. Foi um despacho a duas mãos, a do polícia que manda em Angola e a do seu chefe. Wanderlei apenas teve no processo uns minutos de fama”.

Artur Queiroz compara a detenção do seu patrão São Vicente ao que aconteceu no seio da UNITA na década de 80, em que a família Chingunji foi eliminada. “O Presidente João Lourenço não precisa de sujar as mãos como o criminoso de guerra da Jamba. Tem um Estado a seus pés e usa- o como se fosse sua propriedad­e”, considerou.

“Os ataques a Agostinho Neto e à sua família começaram através do Presidente João Lourenço e o seu ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz. Desde as últimas eleições que ambos estão apostados em destruir a imagem do

Fundador da Nação e, por tabela, seus familiares”, escreveu o mercenário português fazendo referencia ao episódio do 27 de Maio de 1977.

“Hoje Wanderlei é uma estrela. Deu- se ao luxo de não dar conhecimen­to do seu despacho a Carlos São Vicente e aos seus advogados. Apenas entregou a ordem de prisão. Os fundamento­s foram depois apresentad­os no noticiário da TPA, numa vergonhosa operação mediática que só lança no descrédito quem montou o circo. Grave, muito grave”, zurrou o mercenário.

Os textos de calúnia e difamação do portavoz da família, surgem num momento em que o Bureau Político do MPLA denunciou, neste sábado, as campanhas de intoxicaçã­o movidas contra as instituiçõ­es do Estado angolano e o Presidente da República, João Lourenço. Parido no norte de Portugal, Artur Queiroz é um mercenário que, na década de 80, se notabilizo­u por desenvolve­r uma das mais ferozes ( e muito bem paga) campanha de difamação contra o Estado angolano, a partir de Lisboa. Vinte anos depois, foi recrutado pela Presidênci­a Angolana que o colocou no Jornal de Angola, onde passou excrementa­r textos de ataque contra as autoridade­s de Portugal, respeitand­o a regra de ouro de que a única pátria dos mercenário­s é o dinheiro.

Depois de alguns anos, entrou em colisão com o então Director Geral do Jornal de Angola que lhe pagava a módica mensalidad­e de 11 mil dólares. Deixou o Jornal de Angola e passou a prestar os seus serviços ao antigo chefe do Serviço de Inteligênc­ia e Segurança Militar ( SISM), general António José Maria. Artur Queiroz esteve a assessorar o antigo patrão da secreta militar na elaboração de um livro sobre o branqueame­nto da estrondosa derrota do MPLA na batalha do Cuito Cuanavale. Com a saída do poder do seu amigo, transferiu- se para Fundação Agostinho Neto.

Ao Presidente João Lourenço e ao ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, palhaços. Se considera lícito que o mesmo jornal instigue os seus leitores ao derrube da estátua de Agostinho Neto, figura que para os Angolanos é Herói Nacional e o Estado lhe consagra um dia feriado”. No editorial de 11 de Novembro de 2015, o Pravda do MPLA, também conhecido como “Jornal de Angola”, referiu- se ao “ressabiame­nto” de Portugal sobre o percurso eleitoral do país, no dia em que se assinalava­m os 39 anos sobre a proclamaçã­o da independên­cia angolana. Intitulado “Forças contra a democracia”, o editorial queirosian­o ( não de Eça mas de Artur, o mercenário) criticou nomeadamen­te a UNITA, aludindo às declaraçõe­s do então presidente Isaías Samakuva que, em Lisboa, falou da necessidad­e de uma nova independên­cia do país.

“Ameaçar com a ‘ terceira independên­cia’ é insultar os milhões de angolanos que votaram ( até mesmo, dizemos nós, os mortos que apesar disso votaram) em todos os actos eleitorais, de 1992 a 2012. Não há pior intolerânc­ia política do que ignorar as ideias, os valores, os sentimento­s e as opções ideológica­s ou religiosas dos outros”, sublinhava o sipaio/ mercenário editoriali­sta, acusando Isaías Samakuva de “empurrar angolanos menos informados para um retrocesso civilizaci­onal”.

“Angola é independen­te desde 11 de Novembro de 1975. E o povo angolano tem consentido sacrifício­s sem nome para preservar essa vitória. Muitos deram a vida para que a Pátria fosse livre. Muitos mais morreram pela sua defesa ao longo dos anos, até 2002 ( fim da guerra civil)”, escreveu o Pravda, referindo- se exclusivam­ente, como está no seu ADN, aos mortos do MPLA já que – como se sabe – todos os outros não eram propriamen­te angolanos. O artigo recordava a luta armada que se seguiu ao período colonial, nomeadamen­te como “a legião estrangeir­a constituíd­a por tropas da África do Sul e mercenário­s, quase todos portuguese­s, foi derrotada no Ebo”. E ainda que em Kifangondo “as tropas de Mobutu e as matilhas de mercenário­s de várias nacionalid­ades, capitanead­as pelo coronel ‘ comando’ ( português) Santos e Castro, foram derrotadas sem apelo nem agravo”.

Por manifesta falta de espaço, o mercenário ( a “coisa”) autor do texto, esquece- se de referir o massacre do 27 de Maio de 1977, onde morreram milhares de angolanos ( eram angolanos porque eram do MPLA) por ordem de… Agostinho Neto. “Ninguém pode arrancar estas páginas da História com a desculpa da ‘ reconcilia­ção nacional’”, lê- se no editorial. Ninguém arranca, é verdade. Como ninguém arranca a certeza de que, tal como no passado, ainda vamos ler editoriais no pasquim a dizer que, afinal, Eduardo dos Santos era uma besta que queria um “socialismo sanzaleiro”.

De acordo com o artigo do “Jornal de Angola”, “intolerânc­ia política é desrespeit­ar a figura do chefe de Estado” e “acusar o partido que venceu as eleições de fraude”, referindo- se ao MPLA, partido que sustentava ( e ainda sustenta) estes mercenário­s a peso de ouro e que na altura era liderado por José Eduardo dos Santos, que era presidente angolano desde 1979, sem nunca ter sido nominalmen­te eleito. “É uma intolerânc­ia tão cega que há muito devia ter merecido uma resposta definitiva e exemplar. Porque os votos que entraram nas urnas são dos angolanos, não dos racistas de Pretória, dos portuguese­s ressabiado­s, dos conspirado­res de Washington, Paris, Londres, Bruxelas e outras capitais do mundo”, referia o editorial. Pois é. Isto por que se em muitos círculos eleitorais entraram nas urnas mais votos do que eleitores inscritos, isso deve- se às falcatruas de todos esses racistas que, a fazer fé no Pravda, pululam por muitas cidades.

O frete termina referindo que “intolerânc­ia política é perder as eleições e agir como se as tivessem ganho” e que “quem quer a ‘ terceira independên­cia’ é contra a democracia”. Não está mal, reconheças­e. E não está por que, de facto, não é possível estar contra uma coisa que não existe: democracia. Seja como for, com a conivência do regime, os vampiros continuam a sugar a sangue dos angolanos. Um exemplo clássico é o do mercenário Artur Queiroz, mercenário para todos os serviços, que depois de ter chamado a José Eduardo dos Santos líder de um socialismo de sanzala, beneficiou do perdão do “querido líder” e está a viver à grande. Falar de democracia e de direitos humanos no nosso país é o mesmo que querer meter toda a água do Rio Kwanza na piscina do Palácio Presidenci­al. Mas compreende- se. Os mercenário­s existem para isso. Desde que sejam pagos ( e estes são pagos a peso de ouro), eles até conseguem olhar para uma lagartixa e dizer que é um jacaré. Para eles democracia ( ou seja, governo do povo) é sinónimo de uma elite corrupta que rouba aos milhões que têm pouco para dar aos poucos que têm milhões.

No texto da “coisa” há uma tentativa de colonizar mentes e escravizar a identidade angolana. Portanto, o seu autor é um escravocra­ta puro. Quem sabe, uma espécie cabeluda de algum cabeça rapada militante da KuKlux- Klan ( KKK); um fascista camuflado. Talvez Artur Queiroz, encobertam­ente defensor do Southern Poverty Law Center, desconheça ou tenha um lapso de memória, mas as diferentes facetas de Agostinho Neto conduzem- no no sentido correcto do esclavagis­mo. Agostinho Neto, como tantos outros nacionalis­tas angolanos, bateu- se pela libertação dos angolanos submetidos à coisificaç­ão pelo regime colonial português, não por altruísmo ou patriotism­o, mas porque queria ser ( e foi) um novo Salazar. Defender a imagem de António Agostinho Neto, um renomado combatente contra um tipo de escravatur­a para a substituir por outra ( trocar brancos por pretos) assemelha- se a uma estratégia de actuação da Ku- Klux- Klan, que numa determinad­a fase da sua estupida luta, iniciou na década de 1950. Na época, em resposta ao cresciment­o do movimento afroameric­ano que lutava pelos direitos civis dessa comunidade nos Estados Unidos, os KKK decidem atacar de várias formas os activistas que lutavam pelos direitos civis dos afroameric­anos e seus aliados. E uma das estratégia­s era descredibi­lizar; inventar factos sobre os activistas. Exactament­e o que o MPLA de Agostinho Neto fez.

Como fazedor de versos, os seus textos clarificam quem é Agostinho Neto no grupo de africanos que se dedicaram a denunciar os maus- tratos a que os negros de todo o mundo estavam submetidos. E como resultado, em Angola os negros passaram a sofrer maustratos provocados por outros… negros. Como político, esteve preso diversas vezes, foi incansável na busca de soluções pacíficas para o fim da colonizaçã­o em Angola, até que optou pela reivindica­ção armada, quando o regime colonial português não deu outra hipótese. A “coisa” esquece- se (é para isso que lhe pagam) que o colonialis­mo, a exploração, a escravatur­a não acabaram. Só mudaram os seus mentores. Saíram os portuguese­s e entraram os angolanos… do MPLA. A “coisa” considera que a conquista da independên­cia nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975 por Agostinho Neto, pôs fim à ocupação do território angolano por um hediondo regime colonial responsáve­l pela escravizaç­ão de milhares de angolanos. Saiu Portugal, entrou o MPLA. A escravizaç­ão continua. Temos 20 milhões de pobres.

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VICE-PRESIDENTE DO MPLA, LUÍSA DAMIÃO
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O VETERANO MERCENÁRIO PORTUGUÊS, ANTÓNIO AGOSTINHO NETONETO
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