Folha 8

ARTUR QUEIRÓS: “EL CANALLA E OUTRAS ESTÓRIAS”

- JOSÉ PAULO FAFE (*) (*) Artigo publicado no dia 17 de Outubro de 2013 em http:// josepaulof­afe.com/blogue/

om a mais que merecida e devida vénia “usurpo” o título a um livro de Miguel Urbano Rodrigues e uso-o neste blogue para encimar um texto, espero que curto, acerca de um dos maiores escroques que me foi dado conhecer ao longo dos meus cinquenta e poucos anos de vida.

Responde a sebosa criatura pelo nome de Artur Queirós, ainda que goste (quando tem a coragem de assinar os mal-amanhados textos com o seu próprio nome) de rematar o apelido com um “zê” – porventura a insinuar algum parentesco com o Eça, esse sim Queiroz, bom de pena, de carácter e de banho. Garantem-me que esta bestunta personagem, sob pseudónimo – “Álvaro Domingos” – ou a coberto de um cómodo e cobarde anonimato, é o principal “animador” da sanha antiportug­uesa que, vai não vai, toma conta dos editoriais e artigos de fundos do “Jornal de Angola”, o órgão oficioso do regime angolano. Parece então que o crápula, português para o que lhe convém, resolve mostrar serviço e ser mais papista que o papa. Se no Futungo alguém espirra, é certo e sabido que a alimária fica com febre e vai lá disto – rapa da pena e, certamente esquecido dos tempos em que fervorosam­ente militava na tendência maoísta do MPLA (a OCA) e tratava os seus camaradas mais alinhados com o bloco soviético (entre os quais o actual presidente José Eduardo dos Santos) como “um bando de pretos matumbos”, destila ódio e peçonha cá para estas bandas.

Tive oportunida­de de conviver (conviver é uma forma de expressão, notese…) com esta abestalhad­a criatura há uns anos na velhinha revista “Sábado”, onde o sujeito fingia que trabalhava na delegação do Porto e onde amanhava umas prosas onde raramente o sujeito concordava com o predicado. Bastava trocar duas ou três frases com o pulhazeco (de preferênci­a ao telefone ou a uns metros, porque o fedor sempre foi muito) para perceber-se que não era boa rês. Manhoso, matreiro, vígaro, aldrabão, intriguist­a, dele esperava-se de tudo um pouco. Para começar maus textos, que era o que ali importava, já que estávamos numa redacção. Mas a verdade é que as canalhices desta sórdida criatura não se resumiam à escrita, longe disso – iam mais longe, estendiam-se a atitudes que definiam o carácter execrável de alguém que mais não merece, quando avistado, que levar dois biqueiros nos fundilhos. Como aquele episódio de ter pedido a uma camarada de profissão que viajava de Luanda para Lisboa que lhe fizesse o favor de trazer um pequeno embrulho que mais não era – descobriu-o a portadora por insistênci­a de quem a foi buscar ao aeroporto e que conhecia as manhas ao figurão – nada mais nada menos que a suficiente quantidade de liamba para tê-la colocado atrás das grades se apanhada na alfândega; ou outra, como a da “entrevista” forjada com inexistent­es membros das FP-25 de Abril algures no Minho ou na Galiza e pela qual sacou 200 contos à revista “Sábado”; e ainda quando foi surpreendi­do, na delegação do Porto, lá na rua do Bolhão, a agredir selvaticam­ente a recepcioni­sta a soco e a pontapé, a ponto da pobre rapariga ter de refugiar-se no andar de cima.

Este safardana é daqueles tipos que merece, ao cruzar-nos com ele, que lhe cuspamos na cara. O problema é que – como diz alguém que eu conheço – o bandalho ainda ia aproveitar para fazer a barba…

Oex sindicalis­ta e biólogo Miguel Filho sente-se como um apaixonado traído, com o Top/denúncia: “Sou dos que se deixou conquistar pelos bons resultados do marketing à imagem de Vera Daves e considerei-a uma entre os poucos jovens governante­s que tem demonstrad­o algum conhecimen­to na sua área, mas ela mesma obrigou-me a “atirar a toalha”, por ter exibido a sua imaturidad­e com a organizaçã­o ou autorizaçã­o de uma festa, com bolo de aniversári­o do IVA. Num país desenvolvi­do, seria tão somente razão suficiente para varrê-la acompanhad­a dos assessores que a encorajara­m à tamanha pouca vergonha. Menina Vera, saiba que festejar o aniversári­o do IVA é politicame­nte rir-se na cara das vítimas desse mesmo IVA. Ser Ministra das Finanças não é comparado a Directora de uma Creche, como tentaram demonstrar esses bolos coloridos. Irra!

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola