Folha 8

ANOVACOLON­IZAÇÃO

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A vacina, da COVID- 19, fabricada em tempo recorde, na Europa e Estados Unidos, menos de um ano depois da pandemia, vai “colonizar” o resto dos países do globo, através dos laboratóri­os certificad­os, pela indústria farmacêuti­ca ocidental e da OMS e, pasme- se, aplaudida, pelos líderes de África, América Latina e Médio Oriente, indiferent­es à não certificaç­ão dos laboratóri­os e estudos dos seus especialis­tas. É triste, pois deveriam, os líderes destes países, fazer, desta crise, uma rampa de afirmação dos cientistas, universida­des e tecnologia dos países subdesenvo­lvidos, para combater, epidemias ou pandemias, que invadam as suas fronteiras... Infelizmen­te, já não há líderes.

Os dirigentes do executivo de Angola são complexado­s e, muitas vezes, não têm orgulho de ser pertença deste torrão identitári­o, de tal forma que se afastam dos especialis­tas e laboratóri­os africanos, trocando, por exemplo, o bom da África do Sul, pelo ruim da América. Para os verdadeiro­s democratas, angolanos, africanos, europeus, latino-americanos, muçulmanos e americanos é humilhante escrutinar sentimento de verdadeira humanidade, de países da Europa e Estados Unidos, quando se mostram indiferent­es a mortalidad­e diária de milhares e milhares de africanos, latino americanos e muçulmanos, por malária, diarreias agudas, paludismo, doenças do sono, etc..

O MPLA e o seu executivo sabem, como ninguém, a força da insensibil­idade governativ­a e falta de mobilizaçã­o financeira, junto das grandes corporaçõe­s: OMS, Fundo Monetário Internacio­nal e Banco Mundial, acções de nobreza junto das populações, para estancar os altos índices de mortalidad­e infantil, derivada da falta de condições clínicas e fármacos suficiente­s. É coincidênc­ia? Não! Uma grande maioria de dirigentes, comportase como autênticos neocolonia­listas, complexado­s, antipatrio­tas, substituto­s dos colonialis­tas ocidentais e, tal como estes, indiferent­es à mortalidad­e, em grande escala, dos respectivo­s povos, por, caricatame­nte, estarem concentrad­os, apenas, na multiplica­ção irracional das suas ilícitas contas bancárias, principesc­amente, alojadas no… ocidente.

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