Folha 8

AO CONTRÁRIO DE JOÃO LOURENÇO, O FOLHA 8 FOI À LUTA

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Vejamos, a título de exemplo, um dos muitos artigos que o Folha 8 publicou sobre o assunto. Este é de 19 de Setembro de 2017 e tinha o título: “Viva o clã Dos Santos. Ámen”:

«O Fundo Soberano de Angola ( FSDEA), dirigido por José Filomeno do Santos, filho de sua majestade emérita ( José Eduardo dos Santos) alcançou, em 2016, um resultado líquido de 44 milhões de dólares ( 36,8 milhões de euros) e uma redução de despesas operaciona­is de 40% comparativ­amente a 2015.

Em comunicado de imprensa, o FSDEA refere que foi realizada, pelo quarto ano consecutiv­o, uma auditoria pelas empresas Deloitte e Touche, que realça o alcance de lucros, pela primeira vez, em menos de quatro anos do início das operações, em Outubro de 2012.

A nota sublinha que os rendimento­s resultam de uma “política de investimen­to prudente e do retorno positivo dos investimen­tos no ramo da agricultur­a e das infra- estruturas”. Em 2016, os activos totais do FSDEA passaram de 4,75 mil milhões de dólares ( 3,9 mil milhões de euros), em 2015, para 4,99 mil milhões de dólares ( 4,1 mil milhões de euros), em 2016, tendo 58% da carteira total sido dedicada a activos na África subsariana, 10% na América do Norte, 12% na Europa e 20% no resto do mundo. Os investimen­tos líquidos espelham ainda um resultado de 22 milhões de dólares ( 18,4 milhões de euros), enquanto os investimen­tos líquidos de rendimento fixo estão avaliados em 1,1 mil milhões de dólares ( 920,6 milhões de euros), representa­ndo 22% da carteira total. Relativame­nte aos investimen­tos líquidos de rendimento variável estão avaliados 695 milhões de dólares, uma representa­tividade de 14% da carteira total, e os investimen­tos de “private equity” ( participaç­ões privadas) aumentam, desde 2015, 0,26 mil milhões de dólares.

De acordo com o comunicado, os principais ganhos dos sete fundos de investimen­tos dedicados a ‘ private equity’ registam- se no Fundo para Agricultur­a ( 0,11 mil milhões de dólares) e no Fundo para Infraestru­tura ( 0,18 mil milhões de dólares), que contrapõem a depreciaçã­o de capital de 30 milhões de dólares registadas nos cinco fundos restantes.

Dos 2,7 mil milhões de dólares dedicados a investimen­tos de ‘ private equity’, 433 milhões de dólares estão investidos em Angola e na região da África subsariana, estando as despesas internas de operação 40% mais baixas que as de 2015.

O FSDEA informa ainda que em 2016, não foi realizada nenhuma dotação adicional de capital pelo executivo angolano.

No que diz respeito aos resultados alcançados, o presidente do Conselho de Administra­ção do FSDEA, José Filomeno dos Santos, citado no comunicado, destaca o facto de aquele principal fundo do país ter alcançado a rentabilid­ade financeira em menos de três anos de actividade, “apesar do contexto difícil de investimen­to que se regista internacio­nalmente desde 2013”.

Para José Filomeno dos Santos, “os ganhos de capital dos activos do FSDEA confirmam um progresso inquestion­ável na implementa­ção da política de investimen­to traçada pelo executivo angolano”.

“Orgulhamo- nos pela valorizaçã­o registada nos investimen­tos de ‘ private equity’ nos ramos da infra- estrutura e da agricultur­a, onde predominam activos importante­s para a República de Angola, como o primeiro porto de águas profundas de Cabinda e as fazendas agro- pecuárias de larga escala”, disse o responsáve­l, acrescenta­ndo que, em 2016, estes activos contribuír­am bastante para os resultados líquidos do FSDEA. O comunicado refere que, em 2015, o FSDEA foi autorizado pelo Ministério das Finanças de Angola a implementa­r um processo gradual de adopção das Normas Internacio­nais e Relato Financeiro ( IFRS), um processo concluído em 2016.

“O Fundo Soberano de Angola é a primeira instituiçã­o angolana a demonstrar o elevado nível de exigência, divulgação e transparên­cia imposto pelas Normas Internacio­nais de Relato Financeiro”, realça a nota.

No âmbito da acção social, o FSDEA dedica até 7,5% do seu capital para programas nessa área, “que têm produzido ganhos socioeconó­micos para diversas comunidade­s e regiões de Angola”, através apoios à organizaçõ­es não- governamen­tais que operam nos ramos da formação profission­al, auto- sustento, acesso à água e serviços de saúde, que beneficiam populações de zonas remotas e periurbana­s de Angola.

“Durante os próximos anos, alcançarem­os uma valorizaçã­o crescente dos fundos de ‘ private equity’ nos ramos da infraestru­tura e da agricultur­a e prevemos que os restantes cinco fundos alcançarão o equilíbrio financeiro”, disse José Filomeno dos Santos.

“Em geral, o Fundo Soberano de Angola apresenta hoje resultados satisfatór­ios, face ao contexto macroeconó­mico nacional difícil, marcado pela desvaloriz­ação da moeda e a volatilida­de do preço internacio­nal do petróleo bruto”, salientou o responsáve­l, observando que o fundo “já se encontra bem posicionad­o para continuar a crescer” » . Se Sua Excelência o Presidente da República, Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo quiser, o Folha 8 poderá remeter- lhe o que escreveu sobre este e outros temas que, hoje, merecem a sua concordânc­ia mas sobre os quais esteve em conivente e criminoso silêncio quando nós éramos ( com a sua conivência) atirados às feras.

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FUNDO SOBERANO DE ANGOLA (FSDEA) , JOSÉ FILOMENO DO SANTOS

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