Folha 8

CRIME PASSIONAL NO MEIO DA BRIGA ENTRE PRESIDENTE E JORNALISTA

- TEXTO DE LILIANA VICTOR

Ocafé é um dos bagos mais bebidos do mundo e, no da bola, poucos atletas e dirigentes, não sucumbem ao seu aroma. No Uíge a grande maioria dos jogadores e dirigentes, dele não prescinde devido, principalm­ente, pela forte personalid­ade vermelha que ostenta. E, por falar em vermelho, no 04 de Janeiro de 2021, o jornalista do canal desportivo da RNA, Fernando Eduardo recebeu não um bago, mas um cartão vermelho, da parte do presidente do Santa Rita de Cássia Futebol Clube, Nzolani Pedro impedindo- o de franquear os portões do estádio, onde pretendia fazer a cobertura da partida de futebol.

“O problema, na minha opinião, não foi a falta do teste do COVID 19 e a credencial do jornalista, longe disso, mas uma oportunida­de de retaliação, por parte do Nzolani, pelo facto do Eduardo ter vigarizado uma sobrinha”, disse ao Folha 8, Matondo Nzinga acrescenta­ndo que a partir daquele momento, as relações, nunca mais foram as mesmas, “logo uma confrontaç­ão entre ambos era uma questão de tempo e isso ocorreu, como uma forma de desforra e só houve repercursã­o pública, por se tratar de um jornalista da Rádio 5, caso contrário nada ocorreria”, assegurou.

O Uíge é uma cidade pequena, qualquer desavença corre em todas bocas e esta bronca, na terra do bago vermelho, rolou mais do que uma bola de futebol.

“Acho que um problema entre duas família, triste e vergonhoso, transformo­u- se na maior falange de torcedores, em tempo de COVID 19, tudo porque o avançado da outra equipa foi contrair relação com outra mulher”, disse. Recorde- se ter havido repercussã­o geral o facto do presidente do Santa Rita de Cássia Futebol Clube ter virado, por cerca de 30 minutos, porteiro do estádio 4 de Janeiro do

Uíge, impedindo nessa qualidade de entrar no recinto um jornalista não por falta de bilhete, mas, alegadamen­te, da falta de teste de COVID 19 narrar o jogo entre a equipa do banho vermelho e o Recreativo da Caála, isso no dia 4 de Janeiro na província do Uíge. O Presidente Nzolani Pedro e o Jornalista Fernando Eduardo, são os grandes protagonis­tas de uma polémica que agitou o futebol angolano, trazendo para a praça central Luanda, uma polémica parida no interior de Angola, nas vésperas de uma partida para o Girabola, opondo as equipas do Santa Rita de Kássia e o Recreativa da Caála, com o resultado a cifrar- se num empate. Na véspera desta partida, o jornalista da Rádio Cinco, local, Fernando Eduardo foi barrado ( impedido) de franquear as portas do estádio, pelo presidente do clube anfitrião, como atrás foi relatado, por um alegado crime passional. Não se sabe se é ou não verdade, mas as más línguas, não desgrudam desta tese: “mulher Ronalda, na pequena área”.

No entanto, a direcção do clube, num comunicado emitido no 03.01 esclarece ter credenciad­o“os jornalista­s da Rádio 5 estúdios no Uíge, para terem acesso direto ao estádio, simplesmen­te o coordenado­r da rádio do Uíge que se chama Fernando Eduardo não tinha o teste e nem o credencial de entrada por isso não foi permitido a sua entrada”, lê- se. Esta acção levou, a que, em jeito de solidaried­ade, “os jornalista­s que já estavam dentro do campo com as credenciai­s e as máquinas prontas para a cobertura, por orientaçõe­s do chefe, retiraram- se do recinto desportivo”.

O jornalista desportivo, Fernando Eduardo e o presidente Nzolani Pedro, não reagiram aos nossos contactos, para deles se obter o devido contraditó­rio, o que esperamos fazer a todo momento.

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