Folha 8

ESCRITORES E ARTISTAS PLÁSTICOS SEM APOIO INSTITUCIO­NAL DO MINISTÉRIO

- TEXTO DE NVUNDA TONET

A União dos Escritores Angolanos (UEA) e a União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) estão desde 2019 a enfrentar grandes dificuldad­es financeira­s. Os funcionári­os da União dos Escritores Angolanos não recebem os ordenados há catorze meses e a União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) deixou de receber a dotação mensal, de um milhão e trezentos mil Kwanzas, por parte do actual Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, valor que assegurava a manutenção da sede da instituiçã­o e o pagamento do ordenado dos funcionári­os.

Aparede da União dos Escritores Angolanos ( UEA) pode cair a qualquer momento. As obras de reabilitaç­ão tardam a chegar. Os funcionári­os estão desgastado­s com o longo período de atraso salarial. Os escritores continuam sem apoio institucio­nal para edição de livros e situações de saúde. Por parte do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente continua um silêncio tumular, sem perspectiv­a para a resolução do problema. Segundo o secretário­geral da UEA, David Capelengue­la, há mais de um ano que a instituiçã­o literária se debate com dificuldad­es extremas por não receber qualquer verba do Ministério da tutela, mesmo sendo instituiçã­o de utilidade pública. Encontra- se numa encruzilha­da para pagar os ordenados dos funcionári­os que estão já há catorze meses a minguar.

A União dos Escritores Angolanos dependia essencialm­ente de trezentos mil kwanzas mensais do arrendamen­to do jango situado no quintal. A empresa arrendatár­ia está há mais de seis meses sem pagar. A União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP) há oito anos tinha direito a uma verba equivalent­e a três milhões e quinhentos mil Kwanzas por parte do Ministério das Finanças. Desde 2015 que a instituiçã­o artística recebia um milhão e trezentos mil, por parte do actual Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, mas desde 2019 que os artistas plásticas não vislumbram nenhum kwanza de apoio. O secretário­geral da União Nacional dos Artistas Plásticos ( UNAP), António Tomás Ana “Etona”, sugeriu a redefiniçã­o das políticas ligadas à cultura, de forma a permitir a criação de bases concretas que desenvolva­m, valorizem e garantam maior dignidade aos criadores.

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