O rugir assassino da alcateia
Os lobos, naquela useira e vezeira alcateia , l iderada pelo macho alfa estão a engendrar já e com toda a pujança a caça de novas vítimas mortais como mandam as regras, visando a manutenção do poder, através do sangue ( e da vida) das presas. Poder que, custe o que custar, dizem ser um privilégio exclusivo da sua casta, completamente vedado a todos os outros, escravos na terminologia do MPLA.
Um covarde texto, escondido no anonimato e ao qual daremos proximamente o devido tratamento, está a destilar publicamente o ódio e a incitar à violência contra membros da sociedade civil que tenham opinião própria, sendo as mulheres, pese estarmos em Março o alvo principal, para além, obviamente, da UNITA depois de este partido ter dado um sinal claro de maturidade política ao ter eleito para a sua liderança, um autóctone angolano de gema e não um mulato da UNITA, pois a sua total liberdade e capacidade de argumentação atormenta os incapazes e incompetentes, os que se julgam descendentes dos deuses e, por isso, donos de todos os outros, os simples mortais..
O texto asqueroso, vil e torpe, justificativo da nossa reacção, será inserido aqui no Folha 8, para o leitor, enquanto cada um de nós, aferir da malvadez destes lobos famintos do circo canibalesco, e também para que – mais uma vez – a Comunidade Internacional não possa nunca, nunca, alegar desconhecimento. Recusamo- nos a ficar calados, como muitos o fazem, também, em nome da liberdade e da cidadania, por esta razão, nos indignamos, lançando um repto de UNIÃO, entre todas as forças e actores de BEM, para preservação da VIDA e consolidação desta incipiente DEMOCRACIA. Na hora em que o país pode soçobrar, ante as forças do mal, do ódio e da incitação à política de terra queimada, é preciso que todos os seus filhos se unam na preservação do bem maior: ANGOLA e a VIDA!
A decisão da UNIÃO, não pode bifurcar na indecisão, quando a “alcateia” dos lobos, antes de partir para a grande caçada, não se coíbe de sacrificar alguns dos seus camaradas, como “espantalhos” justificativos da transformação da coloração das águas dos rios Dande e Kwanza, onde serão atirados os corpos, como está, neste momento a ocorrer no rio Cuango, onde o sangue vermelho substitui a cor natural…
Na cartilha dos “lobos comunistas”, inexiste o termo, ALTERNÂNCIA e o conceito DEMOCRACIA é apenas, uma peça decorativa dos armários mentais, quando a diminuição do apoio popular os leva ao desespero de serem engolidos, pelos adversários políticos, ante a falta de argumentos e estratégia, para contornar a falência total do sistema económico neoliberal, liderado por uma equipa cuja incompetência, não deixa outras interpretações. O regime ao longo de 45 anos teve o mérito de transformar proletários em proprietários vorazes e produzir mais corruptos, que geração de emprego e desenvolvimento, razão elementar para a subida de consciência popular que atemoriza o poder, levando- o a tentar “repristinar” os métodos do imperador tirano Nero de incendiar Roma ( 18 Julho de 64. dc afectando 10 das 14 zonas da antiga cidade de Roma, três das quais foram completamente destruídas), ante a perca de popularidade para acusar os cristãos e sectores da igreja que não apoiavam as suas práticas, tendo sido muitos sacrificados, de tal monta, que hoje, a Igreja Católica celebra a memória desses “Santos Protomártires” todos anos no dia 30 de Junho, entre eles estavam São Pedro que foi crucificado no Circo de Nero, actual Basílica de São Pedro e São Paulo que foi decapitado junto à estrada de Roma para Óstia.
Em Angola, a procissão iniciada em 1975, segue monumentais avenidas de criminosa incompetência na gestão do Estado, cruzando com auto estradas de uma ladroagem crónica e corrupção sistémica, no ADN da militância do regime, que confrontado com a indignação geral, cria bodes expiatórios, na classe intelectual, com coluna vertebral, na oposição, com noção de missão de Estado e nas mulheres que se recusam a ser caracol. Diante do quadro dantesco, que o país atravessa, o cidadão, os jovens, os povos não precisam do impulso de qualquer liderança partidária para guiar a luta pela defesa do seu destino e futuro para os filhos, pois recusamse a continuar a olhar passivamente, as crianças a ser geradas com fome, nascer com fome, crescer com fome e morrer com fome.
E é este sopro, em nome da preservação da dignidade e da vida, que faz o regime estremecer e responder com boçalidade, sacando a única arma atómica dos seu léxicoargumentativo: MATAR! Nesta hora é preciso ver que o Povo despertou e prescinde de financiadores e de reuniões com a oposição e marimbondos, quando todos os dias o próprio regime dá tiros nos próprios pés…
Hoje, o Povo está descrente com grande parte da classe política e acredita que só uma acção de indignação geral, fora de agendas partidárias, será capaz de resgatar a dignidade perdida, nos últimos 45 anos de desvario governativo, praticado por uma ala incompetente e antidemocrática do MPLA. Recorrer, em Março de 2021 ( século XXI) à teoria da conspiração, ante a libertação mental dos cidadãos é um verdadeiro delírio do boçalismo intelectual, dos caciques de um regime cada vez mais comprometido com a crueldade, como se esta pudesse travar o vento com as mãos. Por outro lado, atribuir, continuamente, a terceiros a crónica incapacidade de governar, nos marcos da boa gestão é extremamente confrangedor e desolador. A subjugação recente ao Fundo Monetário Internacional, organização contrária à implantação da transparência política e da alternância democrática, retiram credibilidade às políticas de João Lourenço, uma vez estar a priorizar a desvalorização do empresariado angolano em detrimento do apoio a um domínio e controlo exclusivo da economia pelo capital estrangeiro, em cumprimento das orientações de uma organização especializada, apenas em colorir, paliativamente, a pobreza nos países subdesenvolvidos. Os líderes dos países que se vergam, cegamente, às políticas do FMI e do Banco Mundial, afastamse, sempre dos reais sonhos de independência material e imaterial dos respectivos povos, logo, João Lourenço está a ganhar o estatuto de subserviente e complexado a uma estratégia de acabar com os pobres ao invés de acabar com a pobreza, por culpa e mérito próprio. A alcateia de lobos tem de ter ciência, que o Povo já não precisa de financiadores para se indignar, quando a fome, a miséria, o desemprego, invade, todos os dias, as panelas que já não alimentam, mas fervem da falta de comida.
O Povo não precisa de financiadores, quando vê a política de raiva e ódio, gizada pelo presidente João Lourenço contra os próprios camaradas que lhe garantiram o poder, sem eleições justas e transparentes e por via disso ver a gestão de mais desemprego, encerramento de empresas e falta de dinheiro na bolsa do pai, que impotente, desconsegue impedir, a filha menor de trazer “tostões de suor”, amealhados das esquinas escuras, geradoras da prostituição, cada vez mais consentida, por alimentar a fome, que campeia em número cada vez maior de lares. É necessário João Lourenço admitir que a estratégia de espalhar o terror, ruiu, por sua própria culpa, principalmente, por não se contentar só, em dividir o MPLA em dois: OS QUE
ROUBARAM MAIS E OS QUE ROUBARAM MENOS, optando depois por “autorizar” o “assassinato” político e moral de muitos dos cabos eleitorais do próprio MPLA, que em 2012 e 2017 usaram a batota, a fraude e os fundos púbicos, para eleger o cabeça- de- lista do MPLA.
O Povo não precisa de financiadores, para se rebelar, quando em 2017 a caixa de coxa de galinha estava a 1700 kwanzas, garantindo trabalho ( na falta de empregos), com o surgimento de “pincharias”, nos bairros pobres e suburbanos, que garantiam propinas e saúde a muitas crianças e a estúpida política económica neoliberal, com a chancela do Presidente, promotora do encerramento destas micro- unidades, face à política cambial e de impostos, que levaram a mesma caixa de coxa ao preço de 13 mil kwanzas, insuportáveis, para a manutenção do negócio, colocado na sarjeta do exército dos discriminados e desempregados… A sociedade não precisa de receber financiamento para se indignar, quando todos os dias, ao sair de casa, assiste impávida e serena, a ex- professores, ex- enfermeiros e ex-funcionários, esgravatarem os contentores de lixo, na busca de um pedaço qualquer, de um resto de comida qualquer, para contornar a fome do dia, imposta pela assassina política económica.
A estes seres humanos falta- lhes tudo, mas ainda lhes sobra a dignidade da resiliência de não se enfileirarem nos tapetes vermelhos de quem faz da humilhação do outro, uma forma de manutenção do poder… Voluntária ou involuntariamente, João Lourenço ao tornar o presidente emérito do seu próprio partido, que lhe deixou o poder de bandeja, de Marimbondo e Ali Babá do roubo e da corrupção, em Angola, quando todos, exclusivamente dirigentes do MPLA, comeram da mesma gamela, foi e é de uma insensatez sem precedentes, que arrepiou a sensibilidade popular, pois se entre eles e com quem lhe enriqueceu é assim, não farão menos com os povos. Perguntemos a Maria Cafrique, Sílvio Dala, Inocêncio Mata e os assassinados de Kafunfu, neste consulado…
O Povo não precisa de financiamento da UNITA e dos tais do MPLA, com contas congeladas e covardia na flor da pele. Os cidadãos são, pelo executivo, obrigados a viver com inflação, custo alto da cesta básica, falta de saneamento, educação, saúde, oportunidades e excessiva discriminação. A lógica da incineração dos adversários e dos sonhos da cidadania, não vinga eternamente… daí que o temor da perca do poder, esteja a alavancar a natureza perversa do autoritarismo ditatorial. Os caciques bajuladores de João Lourenço, de tão incompetentes e imaturos, estão a destapar a origem da tampa da panela da desestabilização social ou do retorno à guerra, como fizeram com os mártires do 27 de Maio de 1977, Cassule, Kamulingue, Ganga, Maria Cafrique, Monte Sumi, pois a alcateia vampira já tem a lista, onde estão os nomes de actores políticos e intelectuais “xizados” ( marcados) para morrer, pela lei das “balas” assassinas de um poder que só sobrevive pelo argumento da violência, batota, terror e institucionalização do medo.
O Presidente da República se ainda tiver um pingo de humildade, deve reconhecer os erros, despojando- se do carácter autoritário que o coloca, sem jogo de cintura, para conviver em sã democracia, numa avenida, apenas com saída para a ditadura… Nenhum dirigente não precisa ser líder, o tempo já demonstrou, comprometido com o seu amanhã ousa em plantar tantas minas de ódio, interna e externamente, sabendo que mesmo nas guerras militares, existem pausas em que os inimigos trocam cigarros, face ao respeito da lei da guerra onde nem sempre vale tudo…
Neste momento se o Presidente da República não admitir que o seu maior adversário é a sua própria sombra, muito dificilmente, mesmo com a batota na CNE e a cumplicidade dos “jurisbajus” do Tribunal Constitucional, será capaz de contornar, em paz, a rotunda de 2022, principalmente, devido ao passivo, não vencido com a comunidade internacional.
É hora de abandonar o bajulismo, a teoria da conspiração, os fantasmas nos outros, através da lógica do genocídio, quando o maior cancro reside no próprio regime, que para além da crónica incompetência, veja- se o lixo, como o demonstrativo barómetro de o MPLA SER BOM A DIVIDIR E MAU A UNIR, interna e externamente!