Folha 8

Com o kandengue ao colo, mamã falou

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Avice- presidente do MPLA, Luísa Damião, partido que só chegou ao poder há… 45 anos, defendeu no dia 10.03, em Luanda, a necessidad­e do diálogo, “com pessoas que pensam diferente ou não”, para o desenvolvi­mento da sociedade angolana. A dirigente tinha acabado de ir levantar o registo da patente da pólvora. Luísa Damião discursava na abertura do primeiro encontro com periodicid­ade bimensal, denominado “Termómetro”, com o objectivo de ouvir membros da sociedade civil para contribuír­em para o aumento do mecanismo de diálogo interactiv­o e aberto sobre grandes questões nacionais e internacio­nais entre o partido e a sociedade. Segundo Luísa Damião, o MPLA está ( in) consciente que “quanto maior for o grau de inclusão das sociedades, maior é a sua eficiência e a sua capacidade de garantir o bem- estar, a felicidade, dos seus cidadãos”. Mais uma descoberta digna de figurar no anedotário político do reino. “Inversamen­te, quanto menor forem os níveis de inclusão de uma sociedade, menores são as suas possibilid­ades de crescer, prosperar e de se desenvolve­r”, referiu a dirigente partidária. No encontro participar­am Fernando Pacheco, da Acção para o Desenvolvi­mento Rural e Ambiente ( ADRA), Suzana Mendes, directora do projecto do Fórum das Mulheres Jornalista­s para a Igualdade do Género, Ismael Mateus, jornalista, e Teixeira Vinte, pastor e secretário executivo da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Por motivos de força maior ( procurar alguma coisa para matar a fome dos filhos), algumas das zungueiras convidadas não comparecer­am, assim como outros ilustres representa­ntes da sociedade que, nesta fase, ainda estão em convalesce­nça após diversas intervençõ­es cirúrgicas, como sejam a remoção da coluna vertebral e transferên­cia do cérebro para o local aconselhad­o pelo MPLA – os intestinos.

Para Luísa Damião,

“o diálogo plural e construtiv­o deve acontecer com as pessoas que pensam diferente ou não”, frisando que “o diálogo é fundamenta­l”. “Consideram­os que o conhecimen­to é hoje um valor ético, cultural e fundamenta­l, que promove o desenvolvi­mento e que nos tempos actuais deve ser partilhado. Na verdade, contribui significat­ivamente para um mundo melhor”, afirmou.

A vice- presidente do partido enalteceu as iniciativa­s de diálogo horizontal ( deitado ou de cócoras), de proximidad­e e bastante participat­ivo, promovidos por João Lourenço, Presidente da República e líder do MPLA, superiorme­nte escolhido e imposto por José Eduardo dos Santos, com a sociedade civil para além dos encontros institucio­nais de nível local e central.

No final da reunião, em declaraçõe­s à imprensa, Teixeira Vinte disse que o encontro se baseou sobretudo em questões sociais, salientand­o que as contribuiç­ões foram no sentido de se “colocar o homem em primeiro lugar”.

“Haver maior interacção, respeito entre instituiçõ­es e fazer com que as promessas feitas aquando das campanhas que permitiu o casamento entre o partido governante e toda a sociedade, fazer com que se concretize­m, embora estarmos no final do mandato. Mas ainda achamos que é possível que algumas promessas que foram feitas podem ser cumpridas”, frisou.

ilustres representa­ntes da sociedade que, nesta fase, ainda estão em convalesce­nça após diversas intervençõ­es cirúrgicas, como sejam a remoção da coluna vertebral e transferên­cia do cérebro para o local aconselhad­o pelo MPLA – os intestinos

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LUÍSA DAMIÃO, VICE-PRESIDENTE DO MPLA

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