Com o kandengue ao colo, mamã falou
Avice- presidente do MPLA, Luísa Damião, partido que só chegou ao poder há… 45 anos, defendeu no dia 10.03, em Luanda, a necessidade do diálogo, “com pessoas que pensam diferente ou não”, para o desenvolvimento da sociedade angolana. A dirigente tinha acabado de ir levantar o registo da patente da pólvora. Luísa Damião discursava na abertura do primeiro encontro com periodicidade bimensal, denominado “Termómetro”, com o objectivo de ouvir membros da sociedade civil para contribuírem para o aumento do mecanismo de diálogo interactivo e aberto sobre grandes questões nacionais e internacionais entre o partido e a sociedade. Segundo Luísa Damião, o MPLA está ( in) consciente que “quanto maior for o grau de inclusão das sociedades, maior é a sua eficiência e a sua capacidade de garantir o bem- estar, a felicidade, dos seus cidadãos”. Mais uma descoberta digna de figurar no anedotário político do reino. “Inversamente, quanto menor forem os níveis de inclusão de uma sociedade, menores são as suas possibilidades de crescer, prosperar e de se desenvolver”, referiu a dirigente partidária. No encontro participaram Fernando Pacheco, da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente ( ADRA), Suzana Mendes, directora do projecto do Fórum das Mulheres Jornalistas para a Igualdade do Género, Ismael Mateus, jornalista, e Teixeira Vinte, pastor e secretário executivo da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Por motivos de força maior ( procurar alguma coisa para matar a fome dos filhos), algumas das zungueiras convidadas não compareceram, assim como outros ilustres representantes da sociedade que, nesta fase, ainda estão em convalescença após diversas intervenções cirúrgicas, como sejam a remoção da coluna vertebral e transferência do cérebro para o local aconselhado pelo MPLA – os intestinos.
Para Luísa Damião,
“o diálogo plural e construtivo deve acontecer com as pessoas que pensam diferente ou não”, frisando que “o diálogo é fundamental”. “Consideramos que o conhecimento é hoje um valor ético, cultural e fundamental, que promove o desenvolvimento e que nos tempos actuais deve ser partilhado. Na verdade, contribui significativamente para um mundo melhor”, afirmou.
A vice- presidente do partido enalteceu as iniciativas de diálogo horizontal ( deitado ou de cócoras), de proximidade e bastante participativo, promovidos por João Lourenço, Presidente da República e líder do MPLA, superiormente escolhido e imposto por José Eduardo dos Santos, com a sociedade civil para além dos encontros institucionais de nível local e central.
No final da reunião, em declarações à imprensa, Teixeira Vinte disse que o encontro se baseou sobretudo em questões sociais, salientando que as contribuições foram no sentido de se “colocar o homem em primeiro lugar”.
“Haver maior interacção, respeito entre instituições e fazer com que as promessas feitas aquando das campanhas que permitiu o casamento entre o partido governante e toda a sociedade, fazer com que se concretizem, embora estarmos no final do mandato. Mas ainda achamos que é possível que algumas promessas que foram feitas podem ser cumpridas”, frisou.
ilustres representantes da sociedade que, nesta fase, ainda estão em convalescença após diversas intervenções cirúrgicas, como sejam a remoção da coluna vertebral e transferência do cérebro para o local aconselhado pelo MPLA – os intestinos