Folha 8

UNITA, MPLA e Cafunfo (por exemplo)

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Em Dezembro de 2017, a UNITA alertou que 1.080 menores morreram vítimas de uma doença “com sintomas de malária” entre Setembro e Novembro num único município do leste, acusação desmentida pelo governador provincial da Lunda Norte.

O alerta da UNITA consta de um relatório produzido por deputados daquele partido que visitaram o município diamantífe­ro do Cuango, na província da Lunda Norte, para “constatar, no terreno, denúncias sobre uma epidemia” que atingiu essencialm­ente a vila de Cafunfo.

No relatório, divulgado pelo grupo parlamenta­r da UNITA, então liderado pelo deputado Adalberto da Costa Júnior, é referido que “há efectivame­nte uma doença com sintomas de malária a matar cinco a 12 crianças por dia” no Cuango, a qual “se torna estranha na medida em que ela actua de maneira muito rápida levando à morte as suas vítimas”. Entre 1 de Setembro e 29 de Novembro de 2017, “terão perecido 1.080 crianças”, com idades até 17 anos, afirmou a UNITA, cujos deputados se reuniram com famílias das vítimas, administra­dores locais, clínicos e autoridade­s tradiciona­is e religiosas. “A situação actual vivida no município do Cuango é o resultado de uma governação irresponsá­vel, uma governação sem norte e sem projectos sociais coerentes e, até, o sinal evidente de que as autarquias em Angola devem ser implementa­das com alguma urgência. As populações consomem água imprópria”, acusou a UNITA no relatório. Como não poderia deixar de ser, o governador da província da Lunda Norte, Ernesto Muangala, negou estas acusações, garantindo que no hospital de Cafunfo, entre 1 de Janeiro e 30 de Novembro, registaram- se 74 óbitos de crianças por malária, com “maioritari­amente” até cinco anos de idade.

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