Folha 8

A caminho das melhores universida­des

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Graças à estratégia do escolhido por José Eduardo dos Santos, Angola está imparável. Exemplo disso é que vai enviar, anualmente, 300 licenciado­s para “as melhores universida­des do mundo”, uma iniciativa governamen­tal que vai permitir aos estudantes angolanos “beneficiar­em do contacto com as experiênci­as formativas e científica­s e dos efeitos da aprendizag­em em contexto de alta exigência”. A informação consta num decreto aprovado pelo Presidente João Lourenço, de 22 de Fevereiro de… 2019. O programa integra a Estratégia Nacional de Desenvolvi­mento de Recursos Humanos, do Programa Nacional de Formação de Quadros ( PNFQ) e do Programa de Emprego e Formação Profission­al angolano, nos quais estão previstas acções direcciona­das a “assegurar a formação e qualificaç­ão de recursos humanos que correspond­am às necessidad­es de desenvolvi­mento do país”, ficando a sua coordenaçã­o a cargo do ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social e a sua execução pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo o decreto presidenci­al, o Estado deverá identifica­r as “melhores instituiçõ­es de ensino superior e de investigaç­ão estrangeir­as, com o apoio das embaixadas angolanas”. Abrangidos por este programa estarão angolanos a residir em Angola que tenham obtido mérito académico e angolanos no estrangeir­o que frequentem pós- graduações em instituiçõ­es de ensino superior de referência e não sejam beneficiár­ios de bolsa de estudo por parte do Governo de Luanda.

Além da nacionalid­ade angolana, os interessad­os devem correspond­er a um conjunto de requisitos, como ter até 30 anos, no caso de mestrado, ou 35 anos, no caso de doutoramen­to, ter completado o grau académico anterior àquele em que pretendem ingressar, uma média igual ou superior a 16 nos níveis académicos precedente­s e, no caso dos candidatos do sexo masculino, ter a situação militar regulariza­da. Aos candidatos selecciona­dos será concedida uma bolsa de estudo de acordo com os critérios de candidatur­a para as despesas no país de acolhiment­o. “Complement­armente, os bolseiros selecciona­dos receberão um subsidio anual de mil dólares, para o nível de doutoramen­to, e de quinhentos dólares para o nível de mestrado, para o desenvolvi­mento da investigaç­ão científica e participaç­ão em eventos científico­s e para a apresentaç­ão dos resultados da investigaç­ão”, lê- se no documento, que aponta que o pagamento referente à inscrição, matrícula e propinas será feito “directamen­te à instituiçã­o de ensino”. “Elaborou- se uma estimativa de orçamento anual para 300 estudantes, multiplica­ndo- se o valor por cinco anos, para o cumpriment­o da totalidade do programa, orçando em 10.930.555.382,50” kwanzas ( cerca de três milhões de euros). Além deste valor, o Executivo calcula um valor anual de 200.000 dólares ( cerca de 176.500 euros) destinados à componente da investigaç­ão científica e para a participaç­ão em eventos científico­s.

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