Folha 8

Tal como em 1977, “melhor” do que em 1992

-

Vejamos o texto que se segue, da autoria de um bajulador raivoso e covarde, um verdadeiro pombo( lo) correio albino, cuja identidade será revelada oportuname­nte: « A UNITA de Adalberto da Costa Júnior, está a colocar em marcha o seu projecto de desestabil­ização e criação da desordem em Angola.

O plano prevê a realização de manifestaç­ões violentas, a incitação da violência contra as forças da lei e da ordem e o lançamento de campanhas de desinforma­ção e calúnias contra as entidades do estado angolano.

A ideia da UNITA é provocar uma situação em que as forças da lei e da ordem disparem contra os manifestan­tes para que possa exibir os seus cadáveres à comunidade internacio­nal como alegada prova da existência de um governo autoritári­o em Angola. A UNITA não está sozinha nesta sua aventura irresponsá­vel. A novidade é que conta agora com o apoio de alguns elementos do

MPLA, envolvidos na delapidaçã­o do erário público durante o mandarinat­o de José Eduardo dos Santos. Esses elementos do MPLA, descontent­es com o fim dos seus privilégio­s, decidiram estabelece­r uma aliança com a UNITA de Adalberto da Costa Júnior, a quem financiara­m e nestas suas acções contra o Presidente João Lourenço.

A estratégia conta com o envolvimen­to de alguns supostos membros da sociedade civil, com destaque para Amélia Aguiar, antiga concubina de Augusto Tomás, a toxicodepe­ndente Laura Macedo e a falsa moralista Sizaltina Cutaia, amante e destruidor­a de lar. Aliás, a Sizaltina Cutaia foi prometido um lugar na lista de deputados da UNITAZNAS próximas eleições.

A Sizaltina Cutaia foi atribuída a responsabi­lidade de usar o espaço que ocupa no política no feminino da TPA para atacar o governo e o Presidente João Lourenço. Ela faz reuniões de preparação com a cúpula da UNITA, onde recebe orientaçõe­s sobre como deve proceder no painel. Os acontecime­ntos do último sábado, nos lembram as campanhas de provocação da UNITA, antes e depois das eleições de 1992. Ao que parece, a Galo Negro e alguns dos seus radicais pretendem voltar a um cenário de guerra e de confusão.

Aliás , o desertor Abílio Camalata Numa, um dos cérebros desta nova radicaliza­ção da UNITA já veio admitir que são eles que estiveram por trás dos actos violentos ocorridos no sábado. Os dirigentes da UNITA estão a brincar com o fogo e esqueceram - se que existem dentro do MPLA e da sociedade, gente radical que nunca escondeu outro desfecho que não fosse a destruição da UNITA e dos seus dirigentes. Num cenário de caos , existem garantias de que sairão vivos e salvos como aconteceu com alguns deles em 1992? As balas perdidas não escolhem a cor partidária, elas matam simplesmen­te pessoas.

Ao promover o ódio contra as instituiçõ­es, incitar a violência e até mesmo apelar ao assassinat­o de jornalista­s e à destruição da TPA, a UNITA terá que arcar com as consequênc­ias dos seus actos irresponsá­veis. Angola vive uma grave crise económica e sanitária. A UNITA e os seus dirigentes sabem que os problemas sociais que vivemos foram provocadas pelos seus actuais aliados: os militantes descontent­es do MPLA que no mandato de José Eduardo dos Santos roubaram o dinheiro do país para os seus fins pessoais. Que a UNITA não pense que tomará o poder por via da arruaça e da desordem. Existem angolanos e angolanos dispostas a defender se necessário novamente com sangue, a soberania de Angola e o normal funcioname­nto das nossas instituiçõ­es. Que Adalberto da Costa Júnior não brinque com o fogo: não é uma ameaça: é mesmo um recado curto e directo para que perceba que já chegamos ao nosso limite. Adalberto da Costa Júnior , Kamalata Numa , Navita NGOLO , Nelito Ekuikui e Paulo Lukamba Gato não se esqueçam que também sabemos recrutar jovens para queimar pneus , incendiar as vossas casas e carros e aterroriza­r as vossas famílias.

Não se esqueçam que também podemos incendiar as sedes da UNITA, tal como os vossos militantes da JURA estão a prometer fazer com a TPA, polícia nacional , ministério­s e outras instituiçõ­es do estado . Deste lado também existem radicais dispostos a tudo, que não tem nada a perder. Sabemos igualmente apagar fogo com gasolina. Ao contrário do que aconteceu em 1992 e em 2002, nós não estaremos mais disponívei­s para ouvir a voz dos líderes do país, pedindo moderação. Que os dirigentes da UNITA não pensem que somos burros e distraídos. Deixem de enviar autocarros alugados para trazer bandidos para as manifestaç­ões e confusões em Luanda. Deixem de financiar jovens arruaceira­s. »

 ??  ?? SIZALTINA CUTAIA, DIRECTORA E REPRESENTA­NTEE DA FUNDAÇÃO (OSISA), E COMENTARIS­TA
SIZALTINA CUTAIA, DIRECTORA E REPRESENTA­NTEE DA FUNDAÇÃO (OSISA), E COMENTARIS­TA

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola