Mais do mesmo, seis por meia dúzia
Odeputado Virgílio de Fontes Pereira é o novo presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, cargo antes exercido pelo deputado Américo Kuononoca ( exAmérico Cuononoca, na ortografia portuguesa). A decisão saiu da segunda reunião ordinária do Bureau Político, que decorreu no Auditório do Comité Central ( Futungo II), em Luanda, orientada pelo presidente do MPLA, João Lourenço.
De acordo com um comunicado distribuído à imprensa no final do encontro, o Bureau Político aprovou a indicação do ex- governador de Benguela, Rui Falcão, para secretário do Bureau Político para a Informação e Propaganda, em substituição de Hidulika Kambami ( Albino Carlos na abominável ortografia colonial), que foi indicado para secretário do Bureau Político para a Política Social.
Yolanda Ribeiro dos Santos passa a assumir o cargo de secretária do Bureau Político para a Reforma do Estado, Administração Pública e Autarquias, cargo antes exercido pelo deputado Virgílio de Fontes Pereira. O Bureau Político analisou o que o Presidente pensa da situação política, económica e social do país, congratulando- se ( pudera!) com a iniciativa presidencial da revisão pontual da Constituição, com vista a preservar a estabilidade social e consolidar os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito. O órgão de decisão superior do MPLA apreciou a Proposta da Revisão Pontual da Constituição apresentada pelo líder do partido à Assembleia Nacional do MPLA, visando adequar a Carta Magna aos actuais interesses do partido, o ajustamento e melhoramento de algumas matérias que não estavam suficientemente tratadas na Constituição, uma melhor arrumação da Lei Suprema e a elevação de outras matérias que anteriormente não possuíam consagração constitucional.
O Bureau Político aprovou o tema “Agricultura e Pescas no processo de diversificação da economia angolana – resultados e perspectivas”, a ser presente à 5 ª Sessão Ordinária do Comité Central, considerando a agricultura e as pescas sectores decisivos para a estabilização das populações no meio rural, no fomento do emprego, combate à fome, redução da pobreza, bem como no processo de diversificação económica e social do país. Não há nenhuma referência à implementação de uma regra colonial que dizia que as couves deviam ser plantadas com a raiz… para baixo.
Ao Executivo foi recomendado a capitalização das potencialidades da agricultura e das pescas, proceder à maximização da aplicação dos recursos humanos, financeiros e materiais e os investimentos em infraestruturas.
Os membros do Bureau Político recomendaram maior apoio à agricultura familiar e aos agentes nacionais do sector, assim como a criação de condições para o aumento da produção nacional e da autosuficiência alimentar. Foi, aliás, a descoberta de um verdadeiro Ovo de Colombo do MPLA, embota já fosse a regra seguida até 1974… Analisaram ainda os projectos do Relatório Anual de Actividades, do Relatório Anual de Actividades da Comissão de Disciplina e Auditoria, desenvolvidas em 2020, e do Relatório de Execução do Orçamento Geral do Partido, a serem submetidos à próxima reunião do Comité Central.
O Bureau Político apreciou a informação sobre o estado de preparação, organização e realização do processo orgânico do sétimo Congresso Ordinário da Organização da Mulher Angolana ( OMA), que decorre até hoje, dia e 27. Na qualidade de Comissão Nacional Preparatória do 8 º Congresso Ordinário do MPLA, o Bureau Político aprovou a composição e o plano geral de actividades das subcomissões de trabalho do referido evento, incluindo a proposta de agenda de trabalho para a 5 ª Sessão Ordinária do Comité Central do MPLA.
O Bureau Político aprovou as resoluções para o processo de regularização da direcção do Partido nas províncias de Benguela e Huíla, tendo anuído às candidaturas de Luís Nunes e Nuno Mahapi Dala, para os cargos de primeiros secretários do MPLA em Benguela e Huíla, respectivamente, a serem eleitos em conferências extraordinárias, se assim decidir João Lourenço.