Folha 8

De Maio de 1977 a Março de 1988

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Oministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria ( do MPLA), João Ernesto dos Santos “Liberdade”, afirma que o pensamento do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, segundo o qual “na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul está a continuaçã­o da nossa luta”, foi determinan­te para a derrota do regime segregacio­nista da África do Sul, a 23 de Março de 1988. Tal como foi decisivo para a derrota da vida quando, nos massacres de 27 de Maio de 1977, mandou assassinar milhares e milhares de angolanos.

João Ernesto dos Santos “Liberdade” discursava no acto central do 33 º aniversári­o da Batalha do Cuito Cuanavale, em representa­ção do Presidente da República, João Lourenço.

“Foi com esta determinaç­ão que as Forças Armadas Populares de Libertação de Angolana ( FAPLA), com a ajuda das tropas cubanas, impuseram uma pesada derrota ao exército do regime do apartheid, no dia 23 de Março de 1988 e libertaram a África Austral”, sublinhou o ministro da Defesa Nacional na leitura do “discurso” escrito pelo Comité Central do MPLA. João Ernesto dos Santos “Liberdade” lembrou que, no passado, Angola foi capaz de congregar sinergias e derrubar o regime do apartheid. Não explicou, mas todos sabem, que nos massacres de 27 de Maio de 1977, Agostinho Neto queria assassinar sul- africanos mas, por falhas de comunicaçã­o, mandou mandar angolanos…

“Passados 33 anos desde a libertação da África Austral, enfrentamo­s uma nova batalha contra a corrupção, impunidade, nepotismo, crise financeira e agora também a Covid- 19”, sublinhou o ministro. Lamentavel­mente esqueceu- se de falar do contributo para a libertação da Europa, para a libertação da Alemanha do jugo de Hitler, para o fim da segregação racial nos EUA, para a descoberta da roda, do Raio X, da Penicilina, do computador, da máquina a vapor, da pólvora, do telégrafo ou do caminho marítimo para o Huambo. O ministro da Defesa Nacional ( do MPLA) rendeu homenagem a todos os heróis da histórica Batalha do Cuito Cuanavale ( com óbvia excepção dos “terrorista­s” da UNITA) e agradeceu ao povo cubano, bem como aos Estados- membros da Troika de observador­es ( Portugal, Rússia e Estados Unidos da América), que ajudaram o povo angolano a demonstrar à África e ao mundo a justeza da sua luta.

João Ernesto dos Santos “Liberdade” reconheceu ser obrigação do povo angolano e, particular­mente, das instituiçõ­es do Estado prestar apoio aos heróis associados ao Fórum dos Combatente­s da Batalha do Cuito Cuanavale ( FOCOBACC), que derramaram sangue e suor na defesa da Pátria e que ainda enfrenta muitas dificuldad­es.

Por sua vez, como muito bem salienta o Pravda, o governador do Cuando Cubango, Júlio Bessa, na qualidade de anfitrião, pediu a ajuda do Executivo para a desminagem do troço rodoviário Cuíto Cuanavale/ Mavinga e retirar as populações daquele município do calvário deixado pelas tropas do regime do apartheid e da UNITA. Aos historiado­res das Forças Armadas Angolanas ( do MPLA) foi solicitada o devido reconhecim­ento da Batalha do BaixoLonga, que ocorreu entre os dias 17 e 18 de Julho de 1984. Com apenas um punhado de soldados, chefiado pelo então aspirante das FAPLA João Maconda Vingado, resistiu contra o ataque de sete ( não terão sido 700?) batalhões da UNITA e a aviação sul- africana que bombardeav­a constantem­ente a posição. Júlio Bessa apelou às instituiçõ­es competente­s do Estado a investir na educação patriótica dos jovens.

Já a “general” governador­a de Luanda, Joana Lina, destacou a bravura dos combatente­s angolanos durante a Batalha do Cuito Cuanavale, que culminou com a Libertação da África Austral.

Os acontecime­ntos do dia 23 de Março, há 33 anos, disse a governador­a de Luanda, têm relevância política, uma vez que se inscrevem na História das intensas lutas de resistênci­a do povo angolano. “Não há palavras que podem servir para agradecer o valioso contributo que os antigos combatente­s, naquela altura, em condições extremamen­te difíceis, passaram na Batalha do Cuito Cuanavale. Isso obriga- nos a olhar para os bravos antigos combatente­s como os nossos heróis”, sublinhou. Para isso, acrescento­u, “compete à juventude, hoje, segurar o leme para o país continuar a somar vitórias e ser respeitado e prestigiad­o a nível de todos os países do mundo”.

todos sabem, que nos massacres de 27 de Maio de 1977, Agostinho Neto queria assassinar sul-africanos mas, por falhas de comunicaçã­o, mandou mandar angolanos…

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JOÃO ERNESTO DOS SANTOS “LIBERDADE” , JOÃO ERNESTO DOS SANTOS “LIBERDADE”

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