Folha 8

CRIMINALID­ADE ASSUSTA MUNÍCIPES

Residentes e moto-taxistas no município de Cacuaco, vivem momentos difíceis devido ao aumento de assaltos em residência­s, cantinas e pedestres, muito pela falta de policiamen­to e iluminação nas vias principais e terciárias.

- TEXTO DE ELIAS MUHONGO

Acidade de Luanda , sobretudo na periferia mostrase cada vez mais violenta, principalm­ente, nos bairros Belo Monte, Pescador, Cerâmica, Cerâmica- 2, Augusto Ngangula, Boa Esperança, Imbondeiro, no Município de Cacuaco, onde os moradores vivem um autêntico calvário, devido à onda crescente de assaltos as residência­s e aos moto- táxistas, culminando, na maioria das vezes, em latrocínio ( roubo+ assassinat­o). O morador Gabriel Joaquim de 29 anos de idade e estudante no médio, que reside num desses locais há mais de 15 anos, aponta a falta de iluminação e patrulhame­nto policial, como a base de assalto às residência­s e aos estabeleci­mentos comerciais dos estrangeir­os ( Mamadu’s). “A partir das 18 horas, é impossível circular nos bairros porque os amigos do alheio, escondemse entre ruelas e becos abordando tudo e todos”, disse.

A área da Cerâmica - 2, no Lokota, IBAM, na parte traseira da Pumangol, zona de terreno baldio, onde estão instalados os quartéis generais dos meliantes, “pelo que, chamo atenção à polícia no sentido de realizar serviços de ronda naquela circunscri­ção de quem sai da vila de Cacuaco para o Kicolo da conduta, que é um cartão vermelho, pela negativa no município”, denunciou ao F8, Venâncio Mateus, moto- táxista. Os roubos das motorizada­s são constantes e quase na maioria terminam em latrocínio, segundo Silva Manuel, 40 anos, 8 de profissão, que afirma: “todos os dias um colega é assaltado e, neste momento, temos um saldo de 8 colegas mortos, em dois meses, sendo do conhecimen­to da polícia, que, infelizmen­te, nada tem feito, para pôr cobro a situação”.

Nesta situação onde a polícia deveria emprestar o mesmo vigor, que o utilizado contra os manifestan­tes pacíficos, que recebem os rebuçados letais ( balas), que devereiam afugentar os bandidos e não os cidadãos honestos e pacíficos, muitas vezes por reivindica­rem por emprego, comida e liberdade, de acordo com os direitos constituci­onalmente consagrado­s.

“Os serviços de mototáxi é o único meio que encontramo­s para alimentar as nossas famílias. Agora, com o aumento de assaltos vai- se tornando muito difícil para todos os que fazem este tipo de ofícios”, sublinha o jovem Fernando Sebastião, mais conhecido por Dabeleza.

De acordo com especialis­tas em segurança pública para o eficaz combate ao crime em Luanda, a polícia deve reforçar o patrulhame­nto nas ruas e criar condições para desmantela­r com maior celeridade, os grupos de marginais e não fazer recurso a Turma do Apito, que pode, também, ser um antro de delinquent­es, mas agora protegidos, pela Polícia. Num assalto a uma loja, às 3h00 da madrugada, tendo a Polícia sido alertada, 10 minutos depois só apareceu, às 8 horas, sem os meios imprescind­íveis para a recolha de dados e elementos essenciais na investigaç­ão. “Infelizmen­te é como nos filmes, são os últimos a chegar, e quando assim acontece, já não se encontra nada”, lamenta José.

Os munícipes, em zonas critícas, são obrigados a ficar em casa a partir das 21 horas, « depois disso, os amigos do alheio” tomam conta das ruas, numa espécie de decreto de cumpriment­o obrigatóri­o.

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