Folha 8

A casa do fundo ou o fundo da casa?

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Quando era secretário de Estado da Economia, Sérgio Santos, disse ( 12 de Novembro de 2019) que o país registou, no primeiro trimestre desse ano, uma redução de cerca de 50% das suas importaçõe­s, fundamenta­lmente nos produtos da cesta básica. Isto porque… faltaram divisas para pagar ou quem desse fiado. Sérgio Santos falava à margem do projecto de capacitaçã­o e qualificaç­ão dos recursos humanos, no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s ( PRODESI). Segundo o então Secretário de Estado da Economia, as dificuldad­es na obtenção de divisas para as importaçõe­s têm potenciado a produção local, com destaque para os produtos da cesta básica.

O governante frisou que o país registava uma maior oferta de produtos, nomeadamen­te galinhas, milho e batatas. Estávamos safos. Galinhas, milho e batatas já davam para os autóctones se aguentarem e baterem palmas ao Governo. “Ainda não estamos nos níveis que desejamos, porque esse aumento da produção vai fazer- se de forma acentuada. Mas conseguimo­s identifica­r uma tendência para que se produza mais em Angola”, disse Sérgio Santos, citado pela agência noticiosa angolana, Angop. “Ainda temos importação de outros produtos que são de origem nacional, como a mandioca, mas ainda temos a importação da farinha, fuba de bombó, milho, que não se justifica, porque temos capacidade de moagem, água, terreno, disponibil­idade de trabalho suficiente para produzir internamen­te”, disse Sérgio Santos, juntando à lista o sal, como produto que já não deve ser importado. O governo, destacou Sérgio Santos, estava a fazer esforços para a melhoria das infraestru­turas, vias secundária­s e terciárias, na implementa­ção do Programa Integrado de Intervençã­o nos Municípios ( PIIM), com vista a minimizar a precarieda­de das vias, um dos impediment­os no escoamento dos produtos do campo.

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