PROFESSORES DESCONTENTES, MINISTRA INCOMPETENTE
Os professores filiados no SINPROF (Sindicato dos Professores) nunca estiveram, em 45 anos de independência nacional, tão descontentes como agora, pelo descaso do regime, em trelação ao sector, bem como o péssimo desempenho de Rosa Grilo, auxiliar do Presidente da República, no ministério da Educação, considerada a pior ministra de todos os tempos, e do próprio João Lourenço, considerado como um dos maiores interessados em desvalorizar o sector e os seus agentes; professores, para melhor se perpectuar no poder com uma juventude e população analfabeta.
A classe dos professores, garante da literacia dos jovens, principal mola propulsora do desenvolvimento do país no futuro, não está interessada em continuar impávida e serena, daí avançar com a greve e um conjunto de acções, para exigir não só a demissão da ministra, Rosa Grilo, como contribuir para uma verdadeira reforma do sector, já que o MPLA, partido que suporta o executivo, nestes 45 anos, tem sido incompetente na apresentação de uma agenda capaz de satisfazer a maioria dos mais de 200.000 professores, só no ensino de base e intermédio. Estes, garantem, face a política de exclusão e discriminação, a existência de uma espécie de pacto de rejeição, contra o partido no poder, engajando a consciência da maioria, para, na altura das eleições autárquicas e ou gerais desviarem os seus votos, para outra pradaria ideológica, capaz de não banalizar, discriminar e empobrecer tanto a escola pública como os professores. O voto surge, assim, como a mais forte arma desta classe profissional, contra quem (des)governa o país e o seu futuro, porque sem Educação a sociedade não produz e um professor, com ensino médio ou superior, não pode ganhar menos que um polícia com a 4.ª classe socialista, tão pouco do que um empregado de limpeza da SONANGOL e AGT, com a 2.ª classe.