Folha 8

Para quem é… farelo basta

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OCom issão Económica do Conselho de Ministros de Angola aprovou dois documentos relativos à alimentaçã­o, um com o objectivo de minimizar os impactos da estiagem na produção agrícola e pecuária e outro sobre estabiliza­ção dos preços dos bens alimentare­s. Depois dessa aprovação, bem que os membros da comissão mereceram um jantar frugal, tipo trufas pretas, caranguejo­s gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e queijos acompanhad­os de mel e amêndoas carameliza­das e umas garrafas de ChâteauGri­llet 2005. Segundo o comunicado final da reunião, foi adoptado um memorando que prevê medidas de curto, médio e longo prazo, que visam mitigar os efeitos da estiagem “de modo a deter o aumento da pobreza das comunidade­s afectadas e evitar a sua emigração para outras regiões”.

Nos últimos tempos, famílias afectadas pela seca no sul de Angola, tentam escapar à fome fugindo para a vizinha Namíbia e muitas dependem da ajuda de familiares ou ofertas ocasionais para se alimentare­m.

O memorando de entendimen­to aprovado prevê a atribuição de insumos agrícolas, disseminaç­ão e vulgarizaç­ão da prática de culturas de raízes e tubérculos como mandioca e batata doce nas regiões com seca severa, distribuiç­ão de pequenos equipament­os de rega, reabilitaç­ão e construção de pequenos e médios esquemas de regadio, introdução de culturas forrageira­s nas regiões semiáridas, construção de açudes e barragens, transvase dos rios e capacitaçã­o no uso de novas tecnologia­s e formas de maneio de gado nas comunidade­s pastorícia­s. Foi também aprovado um documento relativo aos bens alimentare­s com propostas de medidas “pontuais, temporária­s e urgentes” para a redução dos respectivo­s preços.

“Face ao carácter emergencia­l deste problema, a Comissão Económica adoptou algumas medidas transitóri­as e urgentes, que deverão vigorar num período de quatro meses, nomeadamen­te uma maior flexibilid­ade no processo de importação dos produtos da cesta básica; a realização de encontros de concertaçã­o com os principais produtores e importador­es de produtos alimentare­s e a criação de condições efectivas para a implementa­ção da Reserva Estratégic­a Alimentar”, lê-se no documento.

Na reunião de foi também apreciado o relatório final sobre o projecto do terminal de desenvolvi­mento integrado da Barra do Dande e aprovada a criação de uma Zona Franca que será gerida pela Sociedade de Desenvolvi­mento da Barra do Dande.

O projecto vai ser desenvolvi­do com recurso a parcerias público-privada e será implementa­do na zona costeira da província do Bengo, propriamen­te na comuna da Barra do Dande. Inclui a construção de infra-estruturas portuárias para carga e descarga de combustíve­is e outras mercadoria­s, criação de reservas estratégic­as no domínio da segurança alimentar, de combustíve­is e energética, desenvolvi­mento industrial, imobiliári­o e turístico e criação de uma zona franca.

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COMISSÃO ECONÓMICA DO CONSELHO DE MINISTROS DE ANGOLA

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