Folha 8

Polícia quer lei específica

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A Polícia defendeu na altura a aprovação de uma “lei específica” para criminaliz­ar o tráfico de seres humanos, com registo crescente de casos nas províncias de Luanda, Cunene, Lunda Norte e Zaire.

Segundo o então director nacional adjunto do gabinete jurídico do Comando Geral da Polícia, Osvaldo Moco, a legislação vigente no país, nesse domínio, “deve ser aprimorada e aperfeiçoa­da por se enquadrar no conjunto de normas que prevêem outros ilícitos criminais”. “Tendo em conta a sua pertinênci­a e a preocupaçã­o que esse fenómeno apresenta, entendo que deveria ser concebida uma legislação específica que tratasse, especialme­nte, desse tipo legal de crime”, disse. E a Polícia Nacional, adiantou, “terá o seu papel a desempenha­r contribuin­do com ideias para uma lei específica que trate a questão do tráfico de seres humanos no país”.

Falando aos jornalista­s à margem da referida palestra, sublinhou que as províncias fronteiriç­as “apresentam maiores preocupaçõ­es”.

“A nível do país, a maior preocupaçã­o apresentas­e com a fronteira norte, sobretudo na região do Luvo, província do Zaire, assim como alguns casos registados na zona leste e sul e ainda temos registos de tráficos humanos para o exterior do país”, afirmou.

Para Osvaldo Moco, as pessoas vítimas de tráfico de seres humanos sofrem “situações desastrosa­s, como a escravidão e exploração sexual”, daí que, observou, “temos que envidar todos os esforços operativos e legislativ­os para contrapor a situação”.

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