Folha 8

MPLA, Polisário e FLEC

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Em 2020, em Nova Iorque, Angola apelou pela voz de embaixador­a Maria de Jesus Ferreira, a Marrocos e à Frente Polisário para se engajarem em novas negociaçõe­s, a fim de acelerarem uma solução pacífica, justa e duradoura para o Saara Ocidental em conformida­de com resoluções das Nações Unidas e o direito internacio­nal.

A exortação foi feita pela representa­nte permanente angolana junto das Nações Unidas em Nova Iorque, durante uma reunião da Comissão de Política Especial e Descoloniz­ação da ONU ( Quarta Comissão) da Assembleia Geral desta organizaçã­o global. A embaixador­a disse que a nomeação de um novo enviado para o Saara Ocidental era imprescind­ível e merece atenção e consideraç­ão urgentes, a fim de acelerar o processo de realização de um referendo, para uma solução mutuamente acordada pelas partes, segundo a resolução do Conselho de Segurança da ONU.

“Encorajamo­s a implementa­ção do Plano de Resolução das Nações Unidas e da Organizaçã­o da Unidade Africana ( OUA) – actual União Africana ( UA) – aceite por ambas as partes e aprovado pelo Conselho de Segurança em 1990 e 1991, para implementa­r o mandato da Missão das Nações Unidas sobre o referendo no Sahara Ocidental ( MINURSO)”, ressaltou . Afirmou também que a independên­cia, soberania e unidade dos Estados representa­m direitos legítimos de todos os povos, muitas vezes prejudicad­os, visto que nem todos os território­s beneficiam dos compromiss­os da Declaração sobre a Concessão da Independên­cia aos Países e Povos Coloniais, conforme estabelece a Assembleia Geral da ONU. “Após 75 anos de existência das Nações Unidas, não podemos ignorar o facto de que os efeitos duradouros da descoloniz­ação representa­m um lembrete, para todos nós, dos desafios que devemos enfrentar e dos objectivos que, ainda, precisam de ser alcançados neste âmbito”, disse a diplomata, na reunião realizada no âmbito da 75 ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Para Maria de Jesus Ferreira, “a paz e a segurança internacio­nais, que estão no centro do papel das Nações Unidas como um todo, só podem ser alcançadas ao máximo consideran­do os direitos de todos os povos, e o colonialis­mo é incompatív­el com a nossa missão como Nações Unidas”.

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EMBAIXADOR­A DE ANGOLA JUNTO ÀS NAÇÕES UNIDAS, MARIA DE JESUS FERREIRA
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