Folha 8

Preciso é um enorme Pip(arote)

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Setembro de 2018. O Governo desbloqueo­u 203,88 milhões de euros para obras em seis infraestru­turas hospitalar­es no país, entre as quais a construção e apetrecham­ento da Unidade de Tratamento de Queimados em Luanda. Em causa está um despacho assinado pelo Presidente da República, João Lourenço, a 6 de Setembro autorizand­o a abertura de seis concursos públicos nas províncias de Luanda, Cabinda, CuanzaNort­e e Cuanza- Sul, de acordo com as prioridade­s definidas no Plano de Desenvolvi­mento Nacional 2018- 2022. Avança assim a construção e apetrecham­ento da Unidade de Tratamento de Queimados, com o valor estimado de 41.416 milhões de kwanzas ( 123,57 milhões de euros), do Centro Nacional de Emergência Médica, orçado em 8.943 milhões de kwanzas ( 26,67 milhões de euros), da Morgue Central de Cabinda, no valor estimado de 906,7 milhões de kwanzas ( 2,7 milhões de euros) e do hospital municipal em Porto Amboim, na província de Cuanza Sul, orçado em 8.900 milhões de kwanzas ( 26,5 milhões de euros).

O despacho presidenci­al n. º 121/ 18 prevê ainda a reabilitaç­ão do bloco operatório do hospital do Prenda, em Luanda, no valor estimado de 3.908 milhões de kwanzas ( 11,66 milhões de euros) e do hospital do Dundo, no Cuanza Norte, orçado em 4.268 milhões de kwanzas ( 12,7 milhões de euros). O investimen­to total, de 68.342.595.912 kwanzas ( cerca de 203,88 milhões de euros), comporta também a contrataçã­o dos serviços de fiscalizaç­ão das empreitada­s.

Em 12 de Maio de 2018, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, indicou que um novo hospital para o tratamento de queimados seria construído “em breve” em Luanda. Em Junho, autoridade­s da província do Cuanza Sul alertaram para o avançado estado de degradação de dois hospitais locais, sendo um deles o hospital municipal de Porto Amboim.

Na altura, o governador da província, Eusébio de Brito Teixeira, apelou à construção de “estruturas novas para o bem dos pacientes e funcionári­os” do hospital, que está incluído no Programa de Investimen­tos Públicos ( PIP) do Ministério da Saúde desde… 2013. Eusébio de Brito Teixeira disse que reparar já não era solução para o hospital. “Já não sabemos mais como falar, infelizmen­te pagamos tudo, paga o Governo, paga o governador, enfim, porque a reparação não é solução. Porque remendar aqui e acolá uma calça velha, que depois acaba por rasgar”, salientou, em Junho.

Também as reabilitaç­ões dos hospitais do Prenda e do Dundo estão previstas no PIP. Em Fevereiro de 2018, o Governo aumentou o orçamento para a Saúde em 135 milhões de euros. O aumento dos fundos previa a contrataçã­o de 1.500 médicos em todo o país e a realização de projectos dentro do PIP – entre os quais a reabilitaç­ão do hospital geral do Dundo e do bloco operatório do hospital de Prenda -, mas também fora deste – como a construção da morgue de Cabinda.

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