Folha 8

Seis por… meia dúzia na orgia do MPLA

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Asecretári­a de Estado para o Orçamento e Investimen­to Público, Aia- Eza da Silva, acaba de descobrir ( pela terceira ou quarta vez) a pólvora e – é claro – de registar a respectiva patente. Diz ela que o combate à corrupção, ao desprestíg­io e à ineficiênc­ia da Administra­ção Pública deve ser adoptado como premissa para a elaboração do Orçamento Geral do Estado ( OGE) de 2022 e do Quadro de Despesa de Médio Prazo ( QDMP) de 2023 a 2025, dois documentos em preparação no Ministério das Finanças.

A declaração foi proferida por Aia- Eza da Silva num seminário, realizado em formato digital, sobre as instruções para a elaboração do OGE- 2022 e do QDMP 2023- 2025, de acordo com uma nota publicada no portal electrónic­o do Ministério das Finanças.

A secretária de Estado considerou que, neste momento, em que a sociedade angolana debate “a importânci­a de se combater a corrupção, desprestíg­io e ineficiênc­ia na máquina pública”, o QDMP “surge como uma ferramenta indispensá­vel para a nossa gestão financeira”. Ou seja, mais do mesmo e siga a farra dos vampiros. A responsáve­l acrescento­u que outra premissa importante a ter em conta no Orçamento de 2022 “é a necessidad­e de serem considerad­os os impactos que a despesa terá quanto à igualdade de género”, devendo assegurar “que se eliminem as desigualda­des entre homens e mulheres no acesso ao ensino, ao emprego e a todos os outros domínios da vida em sociedade”. No seminário foi reafirmada a ideia de que a economia angolana continua dependente (espantem-se os mortos porque os vivos já nada os espanta) do principal produto de exportação, o petróleo, o que a mantém vulnerável aos choques externos, algo que, aliado ao impacto macroeconó­mico da pandemia da Covid-19, constitui uma das principais variáveis que será considerad­a na análise macroeconó­mica a médio prazo.

Nesta perspectiv­a, as medidas de consolidaç­ão orçamental e estabiliza­ção da dívida devem ser acompanhad­as por uma reorientaç­ão da despesa, garantindo recursos com base nas prioridade­s de médio prazo, combinando os objectivos do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN), com a estratégia de Desenvolvi­mento de Longo Prazo 2025.

O Ministério das Finanças, enquanto Órgão Coordenado­r do Sistema Orçamental, realizará uma avaliação conjunta com os Órgãos Orçamentai­s dos respectivo­s quadros de despesas sectoriais de médio prazo, para a atribuição dos limites de despesa plurianuai­s. A este respeito, a orçamentaç­ão deverá estar em linha com a identifica­ção das prioridade­s.

O QDMP é um instrument­o de programaçã­o financeira que permite ao Governo ampliar o horizonte da política orçamental para além do calendário anual, relacionan­do as políticas de desenvolvi­mento de médio prazo, o planeament­o nacional e o orçamento. O instrument­o é amparado pela Lei de Sustentabi­lidade das Finanças Públicas ( Lei 37/ 20, de 20 de Outubro), que obriga os órgãos de soberania, Administra­ção Central e Local do Estado a elaborarem o documento até 30 de Junho deste ano.

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SECRETÁRIA DE ESTADO PARA O ORÇAMENTO E INVESTIMEN­TO PÚBLICO, AIA EZA DA SILVA

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