Folha 8

Obiang assume-se como rei do… bordel

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No passado dia 5 de Maio, o Presidente da Guiné Equatorial disse que a comunidade lusófona (a CPLP, mais exactament­e) não podia continuar alheada da situação de violência armada na província moçambican­a de Cabo Delgado, sublinhand­o que uma “família de irmãos” deve regular- se pela solidaried­ade. Teodoro Obiang já fala como dono do bordel e, afinal, até tem razão.

“A nossa organizaçã­o não deve permanecer alheia a esta tragédia, que ultrapassa a dimensão de simples conflito interno”, disse Teodoro Obiang, assinaland­o que Moçambique estava ( como continua a estar) a ser palco de “agressões perpetrada­s, programada­s e financiada­s a partir do exterior” que estão a “ceifar vidas humanas”, provocando deslocaçõe­s de pessoas, destruição de bens públicos e privados e “semeando o terror”. Olhando para a mensagem e esquecendo a asquerosid­ade do mensageiro, diga- se que Obiang tem toda a razão e mostra quanto todos os outros reis do CPLP vão nus. Aliás, alguns deles têm pendurado na orelha a etiqueta que diz “fato criado por Giorgio Armani”…

O chefe de Estado da Guiné Equatorial falava na sessão de abertura da primeira cimeira de negócios da Confederaç­ão Empresaria­l da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE- CPLP), que reuniu no centro de conferênci­as de Simpopo, na ilha de Bioko, cerca de 250 empresário­s, além de delegações oficiais de vários países lusófonos. Teodoro Obiang assinalou, neste contexto, que “os problemas comuns devem ser enfrentado­s em unidade”. “A CPLP deve tomar boa nota: uma família de irmãos deve ser regulada pelos princípios de equidade e solidaried­ade”, disse a criatura.

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