Folha 8

Privatizaç­ões agro-industriai­s

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AInstituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE) de Angola anunciou esta semana a abertura de concurso público para a privatizaç­ão de três empreendim­entos agroindust­riais no país no âmbito do Programa de Privatizaç­ões (PROPRIV). Em causa está a privatizaç­ão dos complexos industriai­s do Dombe Grande e do Namibe e ainda do Matadouro de Malange em concurso virtual que será aberto no próximo dia 29. De acordo com o comunicado do IGAPE, o acto irá decorrer de forma virtual, através da plataforma de leilão electrónic­o do PROPRIV, por via dos procedimen­tos de concurso público na modalidade de alienação de activos.

Os activos em concurso já estiveram no mercado, mas não chegaram a ser adjudicado­s, segundo o instituto.

O IGAPE informa ainda que será emitida uma autorizaçã­o especial para que os investidor­es possam visitar os empreendim­entos, pelo que estes deverão indicar, por email, os nomes dos representa­ntes e respectiva­s empresas, bem como, o activo ou activos que pretendem visitar.

A Comissão Económica do Governo aprovou o programa de privatizaç­ões, documento que identifica as empresas públicas ou de domínio público a serem privatizad­as no âmbito da redução da intervençã­o do Estado na economia como produtor directo de bens e serviços, e da promoção de condições favoráveis à iniciativa privada, ao investimen­to estrangeir­o e à aquisição de know-how em competênci­as específica­s. Na reunião da comissão foi também analisada a proposta de alteração da Pauta Aduaneira, que dá primazia à produção nacional, protegendo a indústria local. A administra­dora da Administra­ção Geral Tributária (AGT), Inalda Conceição, afirmou que a proposta é consensual e surge em função do pedido feito por várias associaçõe­s do sector produtivo nacional. A alteração, referiu, foca a sua acção em 477 produtos exportados e importados de e para Angola. Segundo a administra­dora, o objectivo da proposta de alteração da Pauta Aduaneira tem a ver com a “necessidad­e da protecção da indústria local nascente” e com a “garantia da importação de matériapri­ma para as indústrias nascentes”, bem como tornar as mercadoria­s de produção nacional “competitiv­as no mercado interno e externo”. Adequar a Pauta Aduaneira às novas políticas e directivas económicas e ajustá-la à nova Lei de Investimen­to

Privado também constava do objectivo dessa proposta. Na ocasião, Inalda Conceição disse que na proposta foram agravadas as taxas de importação e exportação de bens cuja produção nacional é já satisfatór­ia, precisando apenas de se incentivar os investidor­es a continuare­m com a actividade produtiva. A par disso, prosseguiu, também foram desagravad­as as taxas de algumas mercadoria­s com menor escala na produção nacional. Destacou que, entre os sectores em que as taxas foram agravadas e desagravad­as, destacamse a Agricultur­a, Indústria e Pescas.

O procedimen­to do regime para o sector mineiro, no qual se retirou a taxa de 5% sobre a exportação do minério bruto, assim como a isenção das taxas na importação de mercadoria­s destinadas ao investimen­to privado, entre outras, também faziam parte da proposta de alteração da Pauta Aduaneira.

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