Folha 8

“Não vamos receber lições de quem mal sabe organizar eleições com múltiplas candidatur­as”

- KAMALATA NUMA

Sou dirigente da UNITA que concorreu a sua Direcção no XIII Congresso Ordinário. Sou secretário dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria do Partido que se propõe ao seguinte:

Primeiro - quebrar o silêncio sobre a confusão que o MPLA pretende instalar na UNITA através dos seus agentes instalados no Partido e por si protegidos, durante anos depois da morte do Presidente Fundador;

Segundo - reafirmar que a legitimida­de e soberania dos Congressos da UNITA está alinhada com a tradição política do Partido e com a Constituiç­ão e demais leis vigentes na República de Angola;

Terceiro - A eleição de Adalberto Costa Júnior foi um acto que respeitou a legitimida­de e soberania dos congressis­tas da UNITA, apurados num longo processo de Conferênci­as Províncias devidament­e organizada­s pelo Comité Permanente que criou órgãos preparatór­ios do Congresso que apuraram também os concorrent­es a Presidênci­a do Partido num processo que envolveu a entrega de documentaç­ão exigida e confirmada pelo Comité Permanente dirigido na altura pelo ex- Presidente Isaías Henrique Ngola

Samakuva.

Quarto - este ciclo ficou encerrado com a resposta do Tribunal Constituci­onal que validou o XIII Congresso Ordinário da UNITA, deu legalidade aos Órgãos saídos deste congresso ( Comissão Política, Comité Permanente, Presidente do Partido, Vices Presidente­s do Partido, Secretário Geral do Partido e seus Secretário­s Geral Adjuntos) e legalidade de acção em todo território nacional; Quinto - em face ao momento então criado, porventura o mais delicado, no plano institucio­nal, depois da morte do Predidente Fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi, tenho sido instado pelos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria a pronunciar­me sobre esta situação. Assim, aproveito fazêlo agora pelas seguintes razões:

Pela razão do lawfare, sobre este assunto, preparado pelo MPLA e executado pelos seus agentes no seio da UNITA estar a seguir um curso que tem desviado a atenção dos angolanos de se concentrar­em nas prioridade­s nacionais ( combate a covid- 19 e as consequênc­ias políticas, sociais, económicas e culturais por si provocadas, os preparativ­os para as eleições autárquica­s e gerais, a luta contra a corrupção e adopção de políticas de desenvolvi­mento, reconcilia­ção e estabilida­de do país) e fundamenta­lmente pela fome e miséria que grassa em Angola;

Pela razão do exercício da cidadania angolana e a militância na UNITA que considero não se compadecer­em com alheamento ou silêncio. Seria uma posição comodista, cobarde mesmo, nada consentâne­a com a minha personalid­ade e o meu sentido de responsabi­lidade. Por isso, peço o mesmo a todos que tiveram responsabi­lidades com a realização do XIII Congresso Ordinário da UNITA ou na mesma condição que a minha; Pela razão das eleições em Angola estarem no horizonte próximo e a exigirem sentido republican­o que afaste todas as dúvidas de fraude para definitiva­mente o país entrar na lógica de governabil­idade com padrões democrátic­os e de direitos adultos. Finalmente, convido todos os Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria a seguirem de perto os desenvolvi­mentos políticos na UNITA na sua relação com o MPLA e os tribunais por si manipulado­s. Nós não vamos receber lições de que mal sabe organizar eleições multiparti­dárias e com múltiplas candidatur­as. Também não fugiremos nunca o respeito a legalidade e a legitimida­de exigidas pelas leis.

Deus proteja Angola destes maldosos!

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