Folha 8

UM PROLETÁRIO BEM « INGUINORAN­TE »

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Pela primeira vez na minha vida, me dei encontro com o Proletário, músico de quem gosto, facebokou Salas Neto, no seu post. “Aconteceu algures no Patriota, na festa dos 60 anos do jurista Frederico Bastos, o grande Dico, um dos poucos gajos que enfrentava­m os Baloeros na dança nos tempos do kaprandand­a, modéstia à parte. Ele surgiu para animar a última parte do boda, revisitand­o em playback alguns dos seus clássicos, incluindo o «Scania 111», que é a minha perdição. Entrou na conversa algum «tribalismo», uma vez que o aniversari­ante e família são também sul-cuanzanos, era vê-los (eu senti-os) a se bukularem todos na pista sem qualquer complexo. Até a minha amiga São Bastos já nem quis saber mais de mim, só para entrar na roda dos conterrâne­os. Depois da actuação, alguém chamou o Proletário para fazer uma foto comigo. Mais tarde, esse mesmo alguém veio me confidenci­ar que o homem nem sabe sequer quem é o jornalista-em-chefe Salas Neto, eu que tenho me matado por ele há vários anos junto do sacana do Yuri Simão para um «show do mês» só dele, batalha que já terá resultado em alguns ganhos no formato live. É um «inguinoran­te» dos puros. Fiquei algo desiludido. Embora pecando ligeiramen­te por ter começado a kizombada com um largo atraso, o Dico proporcion­ou uma festa muito bela e bem abastecida. Segundo o meu sobrinho Brosdeg, que agora me faz de guia, quando saíamos, por volta das 22, ainda havia comida e bebida à farta, de tal sorte que o Ito Colhões, que tinha ido connosco, nos mandou bugiar para curtir o mambo até ao fim, junto com a São, a Aninhas, o Jesus Bastos e a esposa, nem sei como é que regressara­m. Anotei as presenças do Alão, que me deve um telefone, dos meus avilões Sabino e Euclides Dias, do Simplício Garrido, que me veio com umas conversas duma pretensa «irrivalida­de» mulheral antiga de que não me lembro, do Orlando, do Nando Galinha e não sei mais quem, enfim. Não conseguind­o resistir a uma «violação» do decreto presidenci­al, fui impelido a escangalha­r a Márcia (soube muito a pouco), a inevitável São Bastos e a Aninhas, pela primeira vez na minha vida, a quem dei um rebolanço ao som do «Rosa Maria» do Urbano de Castro. Falando em sons, confesso que não gostei nada da discoteca, que, barulhenta demais e a tocar sem critério, não correspond­eu ao bom nível da boda do Dico. Foi falha”.

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