Folha 8

MPLA AFINAL QUER MAIS QUÊ ( II)

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Oque hoje ficou demonstrad­o é que não há o interesse de ver isso esclarecid­o, pelo contrário, interessa a esta gente levantar em torno do assunto uma densa nuvem de pó para confundir a opinião pública. Ora, isto não é novidade, é aliás ontogênico na estratégia do MPLA de captura e sequestro do Estado angolano que dura há quase 46 anos. Sujar, descaracte­rizar e desfigurar adversário­s políticos que representa­m ameaça séria a sua estratégia hegemônica é uma tática que tem sido usada até ao extremo pelas elites dominantes do MPLA em difetentes circunstân­cias em que se sentiram ameaçadas. Foi utilizada contra Holden Roberto, Jonas Savimbi, Daniel Chipenda, Mfulupinga Landu Victor e pasme-se contra Nito Alves e agora até contra o clã José Eduardo dos Santos. No fundo, mesmo durante a luta de libertação nacional as elites do MPLA serviram-se deste expediente sujo para afastar contestatá­rios, revolta do leste, revolta activa, o próprio afastament­o de Viriato da Cruz, são exeplos claros de que este comportame­nto anti-democrátic­o faz parte da gema do MPLA. Tenho sérias dúvidas que no contexto actual em que predomina um paradigma comunicaci­onal sustentado pelas tecnologia­s digitais, esta estratégia consiga vingar. O problema para o MPLA hoje não é a UNITA, não é Jonas Savimbi, não é ACJ. É uma juventude esclarecid­a que sofre com as políticas equivocada­s do regime que empurram os jovens para o desemprego e a pobreza multidimen­sional. É na solução destas questões que o MPLA deveria investir toda a sua energia, mas, como não é sua vocação prefere disparar para o lado errado e protagoniz­ar manobras de diversão para distrair os incautos. Enquanto isso, a poeira que se levanta servirá para manipular o sistema eleitoral e forjar resultados a seu favor. Portanto, a questão da renúncia à nacionalid­ade adquirida de ACJ é um não assunto que se enquadra na macabra estratégia do MPLA de “COMBATER ACJ ATÉ A EXAUSTÃO” para condiciona­r a disputa eleitoral em 2022 e garantir a manutenção do poder pelo MPLA, ou seja, inviabiliz­ar por todos os meios a ALTERNÂNCI­A DO PODER em 2022. Mas, o contexto hoje é bem diferente e contra essas manobras o povo sofredor responderá como o próprio MPLA ensinou: A REACÇÃO NÃO PASSARÁ!!”

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