MPLA: BOM A DIVIDIR, MAU A UNIR
O MPLA e lideranças afins são bons a dividir e maus a unir, mesmo quando o país apresenta fissuras, gritantes, capazes de o fazerem explodir. Opacotedeleis,recentemente, aprovadas, o adiamento “sine die”, das autárquicas, a não legalização do PRA-JA - Servir Angola, criam, na linguagem comunista: “as condições objectivas e subjectivas, para uma revolução”, ante o clima de instabilidade e contestação, com a sociedade civil e a juventude, fundamentalmente, a pressionar a UNITA e demais partidos a abandonarem “a zona de conforto” e juntaremse ao exército da rua. Isolado, sem aliados fiéis, João Lourenço tornou-se no primeiro presidente do MPLA, fruto de uma política suicida a não poder contar, ostensivamente, com os melhores cabos eleitorais, dirigentes de cúpula, presidente emérito (JES), todos humilhados, na sua dignidade e bom nome(?), além de ter tido o mérito de unir, o improvável ( no curto espaço): os “gurus” da oposição: Chivukuvuku e Costa Júnior, cujas bases sociais de apoio, aliaram-se às dos empresários levados à falência, desempregados, economia dividida, dinheiro afugentado, etc..
A retirada dos impostos dos produtos de importação, são o mais novo tiro no pé de João Lourenço, que se verga ao capital islâmico, seus aliados naturais, que controlam a importação de 90% dos produtos alimentares da cesta básica, o comércio retalhista e grossista, contribuindo para a morte de novos empresários angolanos, que fecharão portas, não conseguindo outros, escoar os produtos do campo.
Nem sempre, a “lógica da batata, na lei da batota”, vinga, logo, está em risco a reeleição de João Lourenço, que pretende governar mais de 10 anos, para segundo diz, construir o país, empreitada hercúlea, para quem, levando os que têm memória, a rebuscar referências, não encontram marcas incontornáveis, por onde, ao longo de 46 anos passou: governos provinciais; comissário político nacional das FAPLA; secretário para Informação do comité central do MPLA; secretário-geral do MPLA; chefe da bancada parlamentar do MPLA; vice presidente da Assembleia Nacional e Ministro da Defesa Nacional.
Verdade ou mentira, tudo incrimina.
O país está mal! Sangra por todos os lados. Se antes, os investidores estrangeiros tinham de ter, obrigatoriamente, sócios angolanos (o mal era os sócios serem só do MPLA. Impunha-se alargar o leque), para empoderar os da casa, visando, acautelar decisões dos empresários externos, de se eventualmente pretenderem abandonar
o país, estar acautelada a continuidade do negócio, evitando-se o caos se, como agora, os estrangeiros controlam o património a 100%, numa economia fragilizada, com uma classe empresarial pobre e sem apoios do sistema bancário. O regime islâmico, na sua tese de muçulmanizar o mundo, viu, no consulado de JLO, as portas escancaradas, para envio massivo dos seus “missionários do comércio”, que aproveitando a fome e pobreza da maioria das populações, consolidam a sua implantação, em todo território.
Em quatro anos são detentores de altas parcelas de terra, património imobiliário, fábricas, controlo de padarias, água, finanças, telecomunicações, preparando-se, agora, para investir na banca. “Estou muito preocupado, como cristão, com a propagação do regime islâmico através do comércio. Deveria haver reciprocidade, pois eles nos seus países, não aceitam cristãos e quando decidem, por qualquer motivo, iniciar uma sharia, consideram-nos (cristãos) infiéis e matam em nome de Alá”, disse ao F8 e à TV8, o reverendo José Evaristo Abias, da Igreja Evangélica, na Huíla.
É vergonhoso e criminoso, ver muçulmanos, chineses e franceses, fundamentalmente, comprarem a preço de saldo, as melhores terras aráveis, minas de diamantes, de minério de ferro, incluindo
montanhas, com nascentes de rios, no sul do país, empresas públicas, propositadamente, desvalorizadas ou levadas à falência. Estas últimas, o braço empresarial do MPLA: GEFI, também, lança garras, na maioria das vezes, com dinheiro público.
A entrega de João Lourenço do sector de distribuição do combustível (bombas de abastecimento), vergonhosamente, à TOTAL, na lógica complexada, do governo francês esconder, como faz noutros países africanos, a fraude, a batota eleitoral e ditadura é um crime.
E, é isso que, infelizmente, muitos “militantons” fingem não ver, mantendo a velha postura da omissão, cumplicidade e carimbando “impressões digitais e mentais”, na perpetuação de um regime cada vez mais atroz e anti-país, como se fosse aliado (será que não é?) das ditaduras mais abjectas, perversas e criminosas do mundo.
Espera-se que o Titular do Poder Executivo, não caia no erro de ser o primeiro dirigente angolano e africano a reconhecer o novo governo dos Talibãs do Afeganistão? Diante de tantas incoerências e crimes contra os cidadãos, apoio uma revolução social, sem armas, contra a consolidação da ditadura, neocolonialismo e entregacionismo das riquezas angolanas ao capital estrangeiro ocidental e ao regime islâmico!
Por tudo isso recuso-me a ficar CALADO!