BOÇALAGEM POLÍTICA COLOCA OS ANGOLANOS PIOR QUE OS CÃES
O clima de tensão, nos últimos quatro anos, está em crescendo, em função do fracasso, raiva, selvajaria e boçalagem da política económica liderada por Manuel Nunes e cegamente, apoiada pelo Titular do Poder Executivo. Angola, pela incompetência e falta de visão de desenvolvimento sustentado do território, pelo partido que sustenta o Executivo, colocada na bota abjecta e neocolonialista do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Nos países civilizados, conduzidos por dirigentes comprometidos com a cidadania e a democracia, existem três órgãos de poder de Estado: Legislativo, Executivo, Judicial, diferente dos quatro ( 4), em Angola: Legislativo, Executivo, Judicial, MPLA, onde, este último é, na verdade, o primeiro e mais perigoso, por ter tentáculos perniciosos, indiferentes e alérgicos às boas práticas governativas. Infelizmente, para os coleccionadores de utopias, ver truncadas as teses de Charles - Louis de Secondat, Barão de Montesquieu é confrangedor, ver personalidades assumirem- se como continuadoras das piores práticas fascistas e colonialistas, pois, desde 1975, vêem matando os sonhos imateriais de milhões, através da força do fuzil.
O problema actual de Angola não deriva da conjuntura internacional, mas da estrutura partidocrata do Estado implantada, que sequestrou o Estado de Direito e Democrático, implantando um autoritarismo ditatorial, assente nos arsenais bélicos.
Por outro lado, colocar na condução da economia, um inexperiente e teórico “carcereiro”, defensor da teoria neoliberal, abandonada pelos seus pais fundadores: Inglaterra e Estados Unidos, não se poderia esperar mais do que a derrocada do tecido económico: desemprego, inflação, alta do dólar, desvalorização do Kwanza, encerramento de milhares de empresas, entrega das empresas públicas e riquezas nacionais ao capital estrangeiro e apadrinhamento da islamização do comércio, retalhista, grossista, da construção civil e industrial.
A marca Angola sofre com o fracasso económico, social, mas, principalmente, pela degradação da imagem e políticas de João Lourenço, alvo de chacota nacional e internacional, principalmente, por estar a entregar de bandeja património nacional, como a EFACEC, a Portugal.
“Foi e continua a ser uma estupidez o comportamento do presidente, ao permitir, fruto da cegueira, raiva e ódio, entregar de bandeja a Portugal, um importante património: a EFACEC de Isabel dos Santos”. O confisco e nacionalização deste importante activo, em que Isabel dos Santos, filha do ex- Presidente Eduardo dos Santos, tinha mais de 71% e fruto de uma interpretação saloia da ProcuradoriaGeral da República, ao requerer, ao abrigo da cooperação judiciária, o arresto das acções da angolana. Deixando omisso a favor de quem o arresto beneficiaria, cedo os lusos, apercebendo- se do vazio jurídico, criado pelo Ministério Público de Angola tratou de chamar a si a defesa de mais de 3 mil postos de trabalho de portugueses, coisa que João Lourenço não sabe, tal a obsessão em ver trabalhadores angolanos a definhar no desemprego. E é assim que de burrice, em burrice, até à burrice final, o governo português, depois de nacionalizar, vai reprivatizar, um património de referência internacional, que nunca deveria ter saído da esfera dos angolanos. Se o dinheiro não era da Isabel ( privado), mas público, então que, até decisão judicial final, ficasse na posse de um Kabolombe ( angolano), como fiel depositário. Agora é ver o Estado a torrar mais dinheiro, podendo vir a ser obrigado, pelos tribunais, a ter de pagar a maioria dos empréstimos bancários, que saíram da esfera de Isabel, fruto do arresto da PGR de Angola. Quando o ministro da Economia de Portugal, Pedro Siza Vieira, vem dizer ter sido necessária a nacionalização de um activo de Isabel dos Santos, representativo de 71,73 % do capital social da EFACEC, é a clara demonstração da falta de estratégia e dos crimes económicos, que o Executivo tem cometido em prejuízo do próprio Estado, num despesista e confuso combate selectivo aos crimes de corrupção.