FOME NO SUL É CRIMINOSA
Os cães da Presidência da República, dos ministros, altos funcionários do Estado, comem melhor do que os mais de 12 milhões de autóctones no sul de Angola, assolados por uma seca e políticas “criminosas” causadoras do desemprego e fecho de empresas.
Os povos como nunca antes, nos 42 anos anteriores, têm estado a exaltar uma nova consciência de contestação, ante o desvario das políticas presidenciais, em função da fome, mas, também, pelo facto de ter escancarado as portas ao “regime islâmico”, que hoje controla cerca de 78% do pequeno, médio e grande comércio, incluindo o abastecimento da Secreta, Forças Armadas e Polícia Nacional.
A fome e a discriminação parecem ser a imagem de marca do Presidente da República, João Lourenço, “pinchado”, negativamente, na mente, da grande maioria dos autóctones, atirados às fedorentas sarjetas do desemprego, miséria, injustiça e tirania.
E os responsáveis deste regabofe draconiano, que flagela o sonho diário de milhões e milhões, têm nome; individual e colectivo, pois integram os principais órgãos, que se apoderaram dos poderes do Estado: MPLA; Executivo; Legislativo e Judiciário.
Eles subverteram a norma mental dos povos e micronações, impondo um modelo de governação anacrónico, selvagem e assassino... Maltratam pelo poder. Assassinam pela sua manutenção. Cometem autênticos genocídios e promovem os mais bárbaros chefes da carnificina à categoria de heróis, como Agostinho Neto; Lúcio Lara, Ludy
Kissassunda, Onambwe, Iko Carreira, Veloso, Cajó, Pelinganga, entre outros. No 27 de Maio de 1977, o MPLA/ Agostinho Neto cometeram o maior crime de genocídio, na proclamada República Popular de Angola, com o assassinato brutal de cerca de 80 mil cidadãos inocentes, sem o cometimento de qualquer ilícito, tendo- lhes sido negado um justo processo legal e audição.
No 05 de Janeiro de 1993, o MPLA/ José Eduardo dos Santos inusitadamente engendra, diante do contínuo insucesso governativo e da guerra militar, contra o seu arqui- rival, UNITA, uma verdadeira chacina etnolinguística, denominada Sexta- Feira - Sangrenta, assassinando 4.000 cidadãos Bakongos, maioritariamente, em Luanda e 780, nas cidades de Moçâmedes e Tombwa, na província do Namibe. Ante a indignação e repercussão nacional e internacional, o Executivo de JES reconhece o massacre, mas apontando apenas 57 mortos.
Aos 16 de Abril de 2015, nos húmus religiosos do Huambo, no Monte Sumi, demonstrando a crónica intolerância, contra congregações de matriz angolana e africana, o regime assassinou mais de 2 mil fiéis, prendendo o seu pastor, Julino Kalopeteka, sob a justificativa destes terem assassinado oito polícias.
Nada justificava tamanha desproporção de armas, contra cidadãos, que apenas portavam cruzes e bíblias...
No 30 de Janeiro de 2021, o MPLA/ JLO, na localidade do Kafunfu, Lunda Norte, uma manifestação pacífica e sem armas de cidadãos, que reclamavam contra as políticas de desemprego, fome e miséria, viu mais dos seus 158 integrantes ser, selvaticamente, assassinada.
Em Abril de 2021, cerca de 5 mil cidadãos saídos de zonas e províncias críticas da seca, que assola o país, foram concentrados, pelo MPLA/ João Lourenço, em campos de acolhimento, nos municípios da Kahama e Kuroca.
Na realidade, os locais não podem receber a designação de campos de refugiados ou deslocados, mas autênticos campos de concentração e de morte, tal como os dos nazistas, na Alemanha hitleriana, logo indignos para acolher seres humanos, nascidos num país com riquezas, como Angola, mas desbaratadas por quem tinha ( e tem) a obrigação de servir o colectivo e não infernizá- lo.
O que se passa, nos campos de concentração da Kahama/ Kunene e Kuroca/ Namibe o Executivo comete uma verdadeira política genocida, que não pode deixar de ser denunciada, ante as mortes diárias ou semi- diárias de cidadãos, derivada das condições, que nem os cães dos governantes são tratados, nos seus luxuosos canis. O Executivo de João Lourenço obriga os cidadãos, no interior destes campos de concentração, a violarem as regras de biossegurança da COVID- 19, ao não distribuir, sequer máscaras ( que morram, serão menos uma preocupação, para o ( des) governo, dirão) de folha de bananeira, em tempo de pandemia. A comida, resume- se em fuba de milho amarela, muitas vezes, podre, feita em tambores ( nem panelas têm), assentes em lenha ( são pobres, não merecem cozinhas comunitárias decentes) e, o kundutu ( acompanhante) resumese a meros bagos de feijão; os mais felizardos recebem, 15, outros 10, seguem- se os de 5 e, depois os contemplados com o líquido, enquanto os demais “contentam- se” com o cheiro de feijão. Uma autêntica insensibilidade governat iva , protagonizada por monstros no poder. Não existem sanitários, as pessoas são obrigadas a defecar, ao ar livre, como se fossem autênticos animais selvagens, que deles não carecessem.
É importante, numa zona inóspita, com temperaturas a rondar os 35 à 38 º , durante o dia e 10 º à noite, a existência de tendas ou outro tipo de cobertura, mas, infelizmente, tratados abaixo de cão, estão ao relento cerca de 5 mil cidadãos.
Os responsáveis por esta deplorável situação, assemelham- se a “subespécie” de mabecos ( cães selvagens), sempre desejosa em devorar da forma mais ignóbil, os demais.
Na verdade, quem não vive para servir, não serve para viver. Definitivamente, quando um país fica refém de mentecaptos, sem higiene intelectual, resta aos cidadãos alavancarem a sua soberania definidora.